Cantando de Cole Porter a Tom Jobim, Sandy promete um show despretensioso e garante que a prioridade é a carreira com o irmão.
Sandy cantando jazz? Isso mesmo: quarta e quinta ela enfrenta um
repertório que vai de Cole Porter a Tom Jobim, acompanhada de um
quarteto com Chico Willcox (baixo), Eric Escobar (piano), Igor Willcox
(bateria) e Jarbas Barbosa (guitarrista da Banda Mantiqueira). O show
ainda tem participação do trombonista Bocato.
Quando você começou a se interessar por jazz?
Sandy: Há pouco tempo. Ganhei um CD da Ella Fitzgerald. Gostei e comecei a procurar outras coisas.
O Junior também tem projetos paralelos como músico de uma banda de soul. Você acha isso saudável?
Sandy: Acho que isso acrescenta muito. São experiências que a gente adquire e leva para o trabalho da dupla.
E o que seus pais acham do seu projeto de jazz?
Sandy: Eles dão a maior força. Não gostam desse tipo de música, não ouvem, mas piraram no ensaio.
Esse show é inusitado tanto para seu público tradicional como para quem
ouve jazz. Você acha que é mais fácil você perder fãs de Sandy e Junior
ou atrair admiradores de jazz?
Sandy: Perder não tem perigo. Se alguém for lá e não gostar, sabe que não é o que faço na minha carreira.
O público de jazz costuma ser bastante exigente.
Sandy: Verdade.
Você está tranqüila em relação a isso?
Sandy: Dá uma ansiedade, um friozinho na barriga. Mas tenho confiança no
repertório e na minha banda. Minha voz combina com esse tipo de música.
Não vou cantar com a intenção de ser uma virtuose, vou para o palco
despretensiosamente.
Sandy e Junior estão completando 15 anos de carreira e alguns dizem que nunca vocês estiveram tão distantes.
Sandy: É bom você falar porque existe muito boato de que a gente vai se
separar. A prioridade é nossa carreira. Estamos pensando no próximo
disco e continuamos fazendo shows. Vou fazer cinco shows nessa semana -
os dois do Bourbon e mais três com o Junior, em Goiás.
Informações sobre os shows: Bourbon Street Music. R. dos Chanés, 127,
tel. 5006-6100. Quarta (4/5) e quinta (5/5), às 22h. R$ 150.