Cantora faz show de jazz e sonha com CD solo de clássicos
Adulta: a favorita de Milton, Gil e Caetano trocou os pulinhos pelo banquinho
Lembra daquela Sandy espoleta empolgando multidões com seu refrão “Vamo
pulá! Vamo pulá!”? Esqueça. A cantora agora faz mais a linha “um
banquinho, um violão”.
Pelo menos é o que apontam suas recentes apresentações. Arriscou e
acertou no dueto com Caetano Veloso no show dos 40 anos da Rede Globo.
Participou do DVD de Pedro Mariano em É com esse que eu vou, famosa na
voz de Elis Regina. Agora ensaia pérolas do jazz, principalmente de Ella
Fitzgerald, e da bossa nova para dois shows no Bourbon Street, nos dias
4 e 5. Do palco, Sandy verá um público bem diferente dos adolescentes
histéricos de seus shows habituais – os ingressos custam R$ 150. A
cantora parece, enfim, cumprir as apostas de Milton Nascimento, Gilberto
Gil e Caetano, que sempre viram na adolescente espoleta uma intérprete
de futuro.
ISTOÉ – Você vai cantar só as divas do jazz?
Sandy – É um show de jazz e bossas. Vou cantar Cole Porter e muita coisa
da Ella Fitzgerald, que é a minha preferida. Summertime, Body &
soul... Vai ter bossa nova, que é o nosso jazz! Incluí algumas canções
do Tom Jobim, como Chovendo na roseira. São as músicas que eu gosto de
ouvir.
ISTOÉ – E como você inclui essas referências musicais no seu trabalho?
Sandy – Não produzo pensando nas minhas referências. Mas elas estão na
minha musicalidade, de forma inconsciente. O trabalho que faço com meu
irmão é pop-rock, não tem nada a ver com jazz. Tenho um gosto eclético.
Gosto de rock nacional, do rock britânico tipo Coldplay, de MPB...
ISTOÉ – E você gosta das novas cantoras de jazz?
Sandy – Muito! Gosto mais da Diana Krall, que achei fantástica. Ela é mais jazz
que a Norah Jones.
Você fez um dueto com o Caetano e agora vai cantar jazz. É uma estratégia para dar novos rumos à sua carreira?
Sandy – Não. Estou num momento bem MPB. Estou amando cantar músicas
consagradas. Esse sempre foi um projeto pessoal. Cantar jazz é um sonho!
ISTOÉ – Pensa em gravar um disco solo, só com essas músicas que você gosta?
Sandy – Por enquanto não, nem dá tempo. Mas quem sabe no futuro.
Fonte: Revista IstoÉ