Revista Caras: Entrevista com Sandy e Jr.

Os irmãos Sandy e Junior no Sul

Eles negam o fim da dupla e falam sobre suas vidas e o trabalho



Sen­ta­dos ao pia­no no Mu­seu Cas­te­li­nho do Ca­ra­col, em Ca­ne­la, na Ser­ra Gaú­cha, Sandy (22) e Ju­nior (21) são cúm­pli­ces no que mais os une e, ao mes­mo tem­po, cos­tu­ma sus­ci­tar ru­mo­res so­bre se­pa­ra­ção: a mú­si­ca. "So­mos di­fe­ren­tes. Mas é es­sa di­ver­si­da­de que, reu­ni­da, faz su­ces­so", afirma Ju­nior.

Os irmãos foram à cidade para participar da gravação do DVD Casa da Bossa: Especial Tom Jobim. En­tre uma gar­fa­da e ou­tra de ap­fels­tru­del, eles fa­lam com ex­clu­si­vi­da­de à CA­RAS sobre seus relacionamentos ? Ju­nior namo­ra desde o início de setembro a pro­du­to­ra de mo­da Jú­lia Fa­ria (19) e Sandy, entre idas e vindas, está com o músico Lu­cas Li­ma (22) desde 1999, tendo assumido o namoro há um ano e sete meses.

De man­si­nho e a seu mo­do, os can­to­res se transformam em adul­tos aos olhos do pú­bli­co, e se­guem cons­truin­do uma tra­je­tó­ria que já soma 15 anos de su­ces­so.



- Ju­nior, co­mo vai o na­mo­ro? Co­mo vo­cê e a Jú­lia pre­ten­dem li­dar com o as­sé­dio dos fãs?



Ju­nior - Jú­lia quem? Hum? (Ele sol­ta uma gar­ga­lha­da.) Ah, a gen­te se acos­tu­ma com is­so... Só es­tou que­ren­do vi­ver.



- E o Lu­cas, Sandy? Vo­cês con­se­guem ter um tem­po só seu?



Sandy - Cos­tu­ma­mos fu­gir pa­ra Por­to Ale­gre sem­pre que dá. O Lu­cas tem fa­mí­lia e ami­gos na ci­da­de, é mais tran­qüi­lo pa­ra sair­mos.



- Vo­cê per­ce­be jei­tos e gos­tos tí­pi­cos de gaú­cho no Lu­cas? O na­mo­ro a apro­xi­mou mais do Sul?



Sandy - Ele tem o so­ta­que car­re­ga­do e gos­ta de chi­mar­rão. Eu pe­guei o so­ta­que as­sim que co­me­cei a namorá-lo, te­nho que me con­tro­lar pa­ra não fa­lar ?bah?. Sem­pre ti­ve ca­ri­nho pe­lo Sul. Ado­ro o frio, ca­lor pa­ra mim é só nas fé­rias.

Ju­nior - Até eu fa­lo "bah"! O so­ta­que a gen­te pe­ga mui­to fá­cil.

Sandy - E eu acho tão lin­do (en­ru­bes­ci­da)...



- A to­do mo­men­to sur­gem ru­mo­res de que a du­pla vai aca­bar. Es­se co­men­tá­rio pro­ce­de?



Sandy - Te­mos gos­tos dis­tin­tos, que se unem e se com­ple­tam. Por is­so da­mos cer­to, ape­sar de es­pe­cu­la­rem so­bre nos­sa se­pa­ra­ção. Às ve­zes pa­re­ce que tor­cem pa­ra is­so.



- Qual o pa­pel de seus pro­je­tos mu­si­cais pa­ra­le­los?



Sandy - So­mos ir­mãos, for­ma­mos uma du­pla, mas so­mos pes­soas di­fe­ren­tes. Amo jazz, bos­sa no­va, MPB. Nos­sos pro­je­tos nas­cem pa­ra ex­pe­ri­men­tar­mos ou­tros rit­mos. Mas a du­pla sem­pre é prio­ri­tá­ria.



Ju­nior - Te­nho fei­to shows com a ban­da Soul Funk e es­tou aman­do. Lá fa­ço um som car­re­ga­do de funk dos anos 1970, to­co ba­te­ria. E sen­tia ne­ces­si­da­de de dar a ca­ra pa­ra ba­ter, sa­be? De tes­tar no pal­co ou­tras pos­si­bi­li­da­des, gos­tos. Só que a du­pla vem em pri­mei­ro lu­gar.



- Es­tão pre­pa­ran­do no­vo CD?



Sandy - Sim, o lan­ça­men­to é no co­me­ço de 2006.

Ju­nior - Nes­te dis­co com­pu­se­mos mais. Nos­sa mú­si­ca es­tá ama­du­re­cen­do co­nos­co, é na­tu­ral. A ca­be­ça mu­da, a mú­si­ca mu­da.



- E o ci­ne­ma e a TV?



Sandy - Te­mos con­tra­to com a Glo­bo, mas fi­ca com­pli­ca­do re­to­mar­mos ago­ra o se­ria­do ou ou­tro pro­je­to qual­quer.

Ju­nior - TV é rá­pi­da de­mais, e ao mes­mo tem­po é al­go que to­ma a sua vi­da. No ci­ne­ma tam­bém é pre­ci­so de­di­ca­ção. Não que­re­mos fa­zer al­go só por fa­zer.

Sandy - Es­tou fa­zen­do a fa­cul­da­de de Le­tras, em Cam­pi­nas...

Ju­nior - Sim, ela é a maior CDF!

Sandy - Pa­ra vir aqui fal­tei a três dias de au­la, e já es­tou afli­ta.

Ju­nior - Eu que­ro me de­di­car à mú­si­ca. É on­de que­ro en­trar de ca­be­ça pe­lo res­to da vi­da.