8 de out. de 2005

Aquarius: Ensaio empolga músicos e solistas

Manhã de ontem, Sala Cecília Meirelles. Na platéia, músicos de cabelos e roupas coloridos, em pé com seus tambores, dividem espaço com fãs da cantora Sandy silenciosamente sentados. No palco, o maestro Luís Gustavo Petri ergue a batuta. Sob seu comando, além da Orquestra Sinfônica Brasileira, do Coro Sinfônico do Rio de Janeiro e das Meninas Cantoras de Petrópolis, 30 percussionistas do Olodum e Sandy fizeram o primeiro ensaio geral para o espetáculo do Projeto Aquarius de hoje, em Copacabana.

Sandy e o Olodum, além de se apresentarem separadamente com a OSB, encerrarão juntos o espetáculo com “Invocação em defesa da pátria”, que tem letra de Manuel Bandeira.

— A mistura, que poderia ser caótica, será explosiva no melhor sentido. O público verá várias facetas de Villa-Lobos — disse o maestro, que levou o filho de 8 anos, Piero, para pegar um autógrafo de Sandy.

A empolgação de Petri era a mesma de todos os artistas e do arranjador, Jota Moraes:

— Sandy está cantando maravilhosamente bem. Até inventou coisas: deu entonações populares e bolou um final para sua apresentação. Ficou ótimo!

— Está espetacular! Não precisa mais esmagar o microfone — brincou a diretora artística, Angela Azevedo.

Sandy interrompe os autógrafos, e alarga o sorriso:

— Esmaguei mesmo. Estava nervosa, pois é a maior responsabilidade cantar com a OSB. Tentei dar minha personalidade ao que vou cantar. Imitar outras pessoas não teria graça.

Afinados com o coro, que reproduz o som dos tambores na música de encerramento, os músicos do Olodum foram um espetáculo à parte.

— Vamos abrir a cabeça de quem acha que popular e erudito não se misturam — disse Mestre Marçal, do Olodum.

À noite, outro ensaio geral — no palco da Praia de Copacabana — serviu para acertar detalhes do espetáculo de hoje.