20 de fev. de 2004

Entrevista + Ficha Técnica: Acquária



Vocês já carregam uma boa bagagem como atores. Vide os mais de quatro anos de seriado, a novela da Rede Globo, a participação no filme O Noviço Rebelde. Qual é a sensação de estrear como protagonistas nas telas do cinema?
Junior: É uma sensação muito boa, principalmente porque tivemos uma grande participação no planejamento e na idealização do filme. Estamos acompanhando de perto a história, o roteiro, as músicas, enfim, todos os mínimos detalhes! O cinema nacional está crescendo cada vez mais e é maravilhoso poder estrear como protagonista numa fase tão boa como esta.
Sandy: Ah, eu estou superempolgada com o projeto e muito feliz! Ser protagonista nas telonas do cinema é uma responsabilidade muito grande, um enorme desafio. Mas eu adoro novos desafios!...
Para vocês, qual a principal diferença entre atuar na TV e no cinema, se é que ela existe?
Junior: Eu acho que atuar no cinema é completamente diferente. A atuação exige mais maturidade, total dedicação e muito preparo. A proporção de tudo é diferente no cinema, por isso, precisamos ficar atentos aos mínimos detalhes de expressão corporal e facial, voz e tudo mais. Ensaiar e estudar muito são tarefas fundamentais para se fazer um bom filme, principalmente porque a cobrança é muito maior. Temos nos dedicado bastante.
Sandy: A responsabilidade de atuar nas telonas do cinema é muito grande. Você tem a missão de agradar ao público naquela sessão, em apenas algumas horas. No cinema, não existe um próximo capítulo ou episódio para se fazer melhor, baseando-se na reação do público; é aquela narrativa e pronto. Você tem pouco tempo para mostrar muita coisa interessante, por isso, é preciso ter muita sensibilidade e saber enxergar todo o filme durante cada cena. É muito difícil... principalmente porque estamos falando de uma obra de arte que fica para a posteridade!
No seriado da Globo, vocês "representam" vocês mesmos. No filme, serão personagens com nomes e personalidades diferentes. O que vocês consideram mais fácil, "interpretar" Sandy e Junior ou outros personagens? Por quê?
Junior: O que eu posso dizer é que são duas experiências bem diferentes! Mas eu acho que no filme é um pouco mais difícil porque você cria um personagem, cria uma personalidade para ele. Tem que dar vida a uma pessoa que não existe.
Sandy: É realmente um grande desafio de atuação, principalmente porque somos famosos e as pessoas nos conhecem bastante. Precisamos ser muito bons na atuação para que o público consiga desvincular os artistas dos personagens.
Como você se descreveria como ator e como atriz?
Junior: Me considero um ator com certa experiência em televisão, por causa do seriado, mas, no cinema, um iniciante. A única experiência que tivemos nas telonas foi em 97, no filme O Noviço Rebelde, a convite do Renato Aragão. Éramos crianças e a nossa participação foi uma gostosa brincadeira. Considero que, profissionalmente, esta é a nossa estréia. Tenho me dedicado muito e, apesar da inexperiência, vou dar o meu melhor no filme!
Junior: A novela, os vários anos do seriado da Globo e todo preparo que temos feito para nosso longa-metragem contribuíram muito para meu desenvolvimento artístico. Mas considero que ainda estou só começando, ainda tenho muito o que aprender como atriz. Amo o que faço e sempre me esforço para melhorar, em tudo. Acho que a vida é um eterno aprendizado. Todos os dias aprendemos novas lições. Tenho certeza de que essa experiência acrescentará muito, tanto em nosso crescimento profissional como no pessoal.
Vocês se identificam com os personagens do filme? Em quais aspectos?
Junior: Sim, muito! Nós temos vários aspectos em comum, um deles é que o personagem mexe com música, gosta muito de instrumentos musicais. É claro que também temos características diferentes... mas isso vocês verão no filme!
Sandy: Em certos aspectos sim. Algumas características fortes da personagem são bem semelhantes como, por exemplo, determinação, força e coragem. Mas, em outras coisas, somos muito diferentes e vou fazer de tudo para que o público perceba tudo isso.
Qual é a principal mensagem que vocês pretendem passar para o público com o filme?
Junior: Eu acho que é a importância das pessoas conviverem com respeito ao próximo. A questão da confiança entre as pessoas é muito presente em nosso filme.
Sandy: Além do que o Junior disse, queremos levantar também a questão da preservação do meio ambiente e, ao mesmo tempo, passar uma mensagem que toque o coração das pessoas! Além de aventura e ficção o filme também tem uma linda história de amor.
Com uma agenda tão lotada, como vocês conseguem conciliar a carreira musical com a de ator e atriz?
Junior: Eu acredito que tudo na vida é uma questão de saber se organizar. Você precisa conhecer bem o tempo, saber administrar cada momento do seu dia. É importante saber priorizar assuntos e atividades e falar "não" quando necessário.
Sandy: Quando estamos motivados, nada fica difícil. É só a gente querer e ter muita força de vontade. Ao longo destes 13 anos de carreira, aprendemos que o grande segredo é estar sempre focado no trabalho do momento. Assim, você consegue fazer o melhor porque está totalmente envolvido com o projeto.
O que é mais difícil: fazer rir ou chorar? Vocês preferem atuar em comédias ou dramas?
Junior: Eu prefiro comédia, tanto para atuar quanto para assistir. Acho que tem mais o meu jeito de ser, bem humorado! Agora, o que é mais difícil?... Bom, pelas poucas experiências que tive e pelo que os atores comentam, fazer rir é muito mais difícil.
Sandy: Eu, ao contrário do Ju, prefiro drama. E acho que eu consigo interpretar melhor também. Acho muito difícil fazer rir. A comédia precisa ser muito bem dosada para não parecer forçada. O ator tem que ter muita experiência e um "tempo" de comédia perfeito para conseguir fazer o público rir, é complicado...
Fonte: Terra

Ficha Técnica
Produção
Spectra Mídia Produções

Co-Produção
Fox Film do Brasil, Globo Filmes,
Universal Music, Casablanca, Quanta.

Produção
Omar Jundi

Direção
Flávia Moraes
Roteiro
Claudio Galperin e Flavia Moraes

Produtor Associado
Carlos Mamoni Jr.

Direção de Fotografia
Lauro Escorel

Direção de Arte
Tule Peake

Produção Executiva
Elisa Tolomelli
Figurino
Fábio Namatame

Coreografia

Roseli Rodrigues

Preparador de Elenco
Sergio Penna

Direção Musical
Max Pierre

Música Incidental
Victor Pozas e JP Mendonça
Som Direto
Guilherme Ayrosa

Edição de Som
Beto Ferraz e Luiz Adelmo

Mixagem
Armando Torres Jr.

Montagem
Mirella Martinelli

Produção de Finalização
Eliane Ferreira
Fonte: Fox Film Brasil

Curiosidades: Acquária


06/11/2003
Filmando Acquária
As filmagens de Acquária duraram oito semanas e ocorreram em três estúdios construídos especialmente para o filme.
07/11/2003
É para se tirar o chapéu
Acquária é mesmo uma superprodução, digna de Sandy e Junior. Foram gastos cerca de R$ 9 milhões.
08/11/2003
Batalhão
Durante as filmagens, foram servidas 656 refeições. POR DIA.
09/11/2003
A Equipe de Acquaria
A equipe técnica que trabalhou durante as filmagens era composta por 203 profissionais, sendo que 120 dedicados somente ao departamento de arte.
10/11/2003
Estúdios exclusivos
Três estúdios foram construídos especialmente para as filmagens de Acquária. Um deles era uma tenda de 2000 metros quadrados.
11/11/2003
Efeitos super especiais
Acquária é um verdadeiro espetáculo no que diz respeito à técnica. Um quinto das cenas do filme foi feito com recursos de computação gráfica de última geração.
13/11/2003
Cenários de perder a fala
Perfeitos. É a melhor maneira de descrever os cenários de Acquária. Para a produção, foram despejadas mais mais de mil toneladas de areia nos estúdios.
14/11/2003
Ela é um show
Para quema ainda não sabe, uma dica: a diretora do novo filme de Sandy e Junior é Flávia Moraes, que dirigiu a turnê Quatro Estações. Precisa dizer mais alguma coisa?
Fotografia caprichada
Lindos cenários e uma fotografia impecável. Estes dois elementos acentuaram a idéia de um novo mundo, bastante diferente mas com ligações com o nosso. Nota 10.
16/11/2003
Som de primeiríssima
Acquária tem a música como um dos elementos fundamentais, e uma das seqüências mais aguardadas é a de Junior tocando. Cada vez melhor.
Especial para Acquária
Tudo em Acquária foi especialmente construído, dos cenários aos objetos de cena. Uma riqueza de detalhes impressionante.
Hi Tech
Acquária é um filme completo: os melhores profissionais e cenas gravadas com equipamentos de altíssima tecnologia.
17/11/2003
Tudo o que vai, volta
Ser Sarah não foi fácil. Sandy se preparou com afinco, fazendo aulas e treinamentos especiais. Resultado: está brilhando como nunca.
Coisa mais fofa!
Igor Rudolf é responsável por muitos momentos marcantes em Acquária. Além de ser extremamente cativante, seu personagem, o pequeno Guili, também é muito engraçado. Promessa de boas risadas no cinema.
18/11/2003
Para colecionar
Para quem quiser curtir o filme mesmo depois de sair do cinema, uma boa notícia: acaba de ser confirmado que Acquária vai ter um álbum de figurinhas.
19/11/2003
Do jeito que eles queriam
Acquária tem muitos atrativos, por trazer tudo aquilo de que Sandy e Junior mais gostam: romance, aventura, ação, uma história emocionante. Um filme completo.
20/11/2003
Muitas histórias para contar
Kim, o personagem de Junior, tem uma especialidade: é um contador de histórias nato. Ambos têm personalidades extrovertidas e voltadas para a arte, não deixe de conferir.
21/11/2003
Luzes, câmera, SOM!!!
Um pouco de Acquária já está nas lojas: o CD "Identidade" traz algumas músicas do filme, incluindo o tema principal. A grande pedida é curtir o som até o filme pintar nas telonas.
22/11/2003
Primeiro mundo
Com a montagem do filme se aproximando do fim, começa a aparecer o brilhante trabalho técnico de toda a equipe. Uma prova de que o cinema nacional não deve a nenhum outro no mundo.
Bastidores
Um dos fatos mais elogiados por todos nos bastidores de Acquária é o o bom humor de Sandy e Junior. Eles dão um show de vitalidade e alto astral.
23/11/2003
Superando desafios
Para Flávia Moraes, diretora de Acquária, Sandy e Junior se destacaram na construção de seus personagens. Estréia em longas com o pé direito.
24/11/2003
Um marco
A nova fase do cinema brasileiro estava precisando de uma produção de ficção científica. Acquária, mesmo antes de chegar às telas, já é um marco para o cinema nacional.
26/11/2003
O enigmático Zavos
O ator Milton Gonçalves, que fez mais de 104 longas durante sua carreira, viverá Zavos em Acquária. O personagem é um enigmático homem que escreve na areia.
Acquária nas alturas
Sete prédios em avenidas paulistas terão suas laterais decoradas com imagens dos principais personagens de Acquária.
27/11/2003
Cenas de Acquária
Flávia Moraes, diretora, Cláudio Galperin, roteirista, e Omar Jundi, da Spectra Mídia, reuniram distribuidores e exibidores das principais redes de cinema do país com Sandy e Junior para assistir a alguns trechos já finalizados de Acquária.



 Fonte: Terra

ISTO É GENTE: Acquária



Por Mariane Morisawa

Roteiro fraco desperdiça bom tema em filme de produção impecável estrelado por Sandy e Junior
A cantora Sandy em Acquária: equipe competente reunida para contar a história do planeta Terra devastado e sem água
O interesse de uma dupla musical de sucesso como Sandy e Junior em fazer um filme já mostra a força readquirida pelo cinema brasileiro. Melhor ainda se esse interesse, que obviamente visa o êxito comercial, for acompanhado de cuidados raros nesse tipo de empreitada, algo que não se vê, por exemplo, em filmes da Xuxa ou dos Trapalhões.
Essa é a principal qualidade de Acquária, estréia da diretora de publicidade Flavia Moraes nos longas-metragens, estrelada por D.L. Junior e Sandy Léah. Na equipe está gente como o diretor de fotografia Lauro Escorel (Brincando nos Campos do Senhor) e o diretor de arte Tulé Peake (Cidade de Deus), além da produtora-executiva Elisa Tolomelli (Central do Brasil).
Visualmente, Acquária chegou lá. A produção realmente impressiona, dos cenários aos figurinos, passando pelos efeitos especiais. É uma qualidade raramente vista em filmes de aventura brasileiros. Dá para imaginar o que o longa-metragem poderia ser, se tivesse um roteiro bom. O tema ecológico, em princípio interessante, acabou desperdiçado. Num planeta devastado e sem água, Junior é Kim, um garoto que perdeu os pais e vive com os amigos Gaspar (Emílio Orciollo Neto) e Guili (Igor Rudolf) numa cidade abandonada. Sarah (Sandy) passa a morar com eles depois de ser salva da morte no deserto.
O problema é que a história não anda, não existem conflitos nem tensões. O mistério da origem de Sarah-Sandy é o único que há, e na verdade não é mistério nenhum. Junior ainda consegue provocar simpatia, apesar de aparecer pouco. Brilham a cachorrinha Wind, que faz Mingus, e o garotinho Igor Rudolf. Ficou no quase. Tentativa válida

E-PIPOCA: Acquaria



por Marcel Nadale

Sandy e Júnior e suas contrapartes em ''Aquaria'', Sarah e Kim, são pioneiros - de maneiras distintas. Os personagens, na inóspita paisagem de um planeta Terra muitos anos no futuro, sem nenhuma água. Os atores/cantores, inversamente, em um panorama fecundo, o da retomada do cinema nacional. Sandy e Júnior arriscam-se na ficção científica, um gênero raro na nossa filmografia, e esta ousadia, tal qual a tentativa de sátira aos anos de chumbo perpetrada pela trupe do Casseta & Planeta em ''A Taça do Mundo é Nossa'', é o que de melhor se pode elogiar em ''Acquaria''.
A ficção científica, porém, é dos gêneros mais traiçoeiros. Como não é limitada por uma verossimilhança mundana, abre espaços para que a imaginação voe longe. As infinitas possibilidades conceituais podem embaralhar as prioridades do autor inexperiente, que torna sua obra mais descritiva do que propriamente narrativa. É o pecado capital de ''Acquaria'': a diretora e roteirista Flávia Moraes desperdiça 1h40 de película elucubrando sobre como seria tal comunidade futura, sem nunca de fato contar uma história dentro dela. O descompasso se torna tão evidente que chega a sabotar a exuberante direção de arte: aos poucos, o lindo visual torna-se menos um trunfo que um lúgubre atestado de todo o potencial subaproveitado.
O prólogo ajuda a direcionar erroneamente a expectativa do público, mostrando um casal de cientistas (Alexandre Borges e Julia Lemmertz) prestes a descobrir uma solução para a escassez hídrica que assola o mundo. Entretanto, eles são assassinados por um grupo de saqueadores antes de completarem a invenção. Imagina-se, então, que a tarefa caberá futuramente a seu filho, Kim (Júnior), e seu ajudante, Gaspar (Emílio Orciollo Netto). Anos se passam e eles ganham a companhia do garoto Guili (Igor Rudolf), seu cão Mingus e a misteriosa nômade Sarah (Sandy).
Por incrível que pareça, a atuação de Sandy e Júnior nunca chega a comprometer deliberadamente o filme. Porém, a persona pública da dupla é tão forte que castra, sim, tudo aquilo que ''Acquaria'' poderia ter sido. Epítomes da felicidade e da vida regrada, Sandy e Júnior nunca emprestam a Kim e Sarah o ímpeto adolescente de se rebelar. Eles sempre parecem razoavelmente conformados com a circunstância apocalíptica do planeta. E falta de conflito pode soar ótimo quando a família Xororó sorri para as câmeras na Ilha de Caras, mas é desastre certo no cinema. Ao invés de explorar mundo afora, na aventura pela restauração da ordem, a trama volta-se para o ambiente doméstico, em especial suas relações amorosas e humorísticas. Ou seja, puro tédio insuportável e frustrante.
Gaspar e Sarah ganham uma injustificada e pouco criativa relação de amor e ódio, na qual Kim interfere como o último vértice de um apenas insinuado triângulo incestuoso. Externo a este arranjo, Guili se torna o alívio cômico - que até funciona, se você tem saco para fedelhos de seis anos que agem e falam como se fossem mais inteligentes do que todos os outros adultos. O filme perde (e se perde) ao ignorar o vilão interpretado por Daniel Ribeiro e ao reduzir um ator como Milton Gonçalves a um patético Yoda negro. Ambos não prestam para nada, exceto evidenciar ainda mais o desconjunto da trama.
A precariedade do roteiro vai até mesmo surpreender quem for ao cinema pronto para culpar Sandy e Júnior pelo fracasso, equiparando ''Acquaria'' aos caça-níqueis protagonizados por Xuxa, Angélica ou Padre Marcelo Rossi. Com aspirações mais audazes, o filme dribla bem a vocação para mero veículo promocional de seus astros - mesmo as poucas cenas musicais não irritam tanto. Mas, ainda que com um orçamento superior ao da média do cinema nacional, ''Acquaria'' aparenta não ter obtido cacife para bancar esse próprio blefe - o de uma aventura com aspirações quase hollywoodianas.

Críticas: CINECLICK ACQUARIA



Por Roberto Guerra 

Poucos duvidavam que mais cedo ou mais tarde a dupla Sandy e Júnior lançaria um longa-metragem. Era apenas uma questão de tempo para que os irmãos cantores ganhassem as telas do País, principalmente depois do sucesso alcançado pelo seriado televisivo protagonizado por eles nas tardes de domingo na Globo. O que talvez ninguém imaginasse é que o cacife da dupla estivesse valorizado a ponto de justificar uma superprodução de R$ 10 milhões.
Este é o polpudo orçamento da ficção-científica Acquaria, que estréia em 300 salas do País na sexta-feira 12. Além do generoso investimento, o longa dirigido por Flávia Moraes - egressa da publicidade e estreante em longa-metragem - traz uma bem-vinda surpresa: está longe de se parecer com uma dessas bobagens protagonizadas por Xuxa, por exemplo. O filme tem enredo justificável e é tecnicamente impecável.
Com mote ecologicamente correto, Acquaria tem efeitos digitais de ótima qualidade, fotografia excepcional e direção de arte pra lá de competente. Conta a história de Gaspar (Emílio Orciollo Netto, que faz sua estréia nos cinemas), Kim (Júnior) e do menino Guili (o ótimo Igor Rudolf). Eles vivem num lugar isolado e desértico, depois que o mundo foi destruído por inúmeras guerras na disputa por água potável. Um dia, surge no lugar a desconhecida e misteriosa Sarah (Sandy), que se integra ao grupo, sem que eles desconfiem que ela guarda um importante segredo. Completam o elenco Alexandre Borges, Julia Lemmertz, Milton Gonçalves e Serafim Gonzalez.
Sandy e Júnior, por opção própria, queriam um filme no qual não interpretassem si mesmos. A decisão foi acertada. Apesar de não faltarem números musicais em Acquaria, eles estão inseridos no contexto da trama e não soam falsos. O grande problema talvez esteja no roteiro, principalmente por se tratar de um filme direcionado para o público infanto-juvenil. Em Acquaria faltam as conhecidos pontos de virada do paradigma de Syd Field, ou seja, aquelas famosas mudanças no rumo da história responsáveis por manter a atenção do espectador. No início se faz uma boa apresentação dos personagens chaves e do enredo da história, mas depois a trama segue em banho-maria até o final. Da metade do filme em diante, fica-se com aquela sensação de que algo vai acontecer, mas nada acontece.
Contestações às técnicas de Syd Field à parte, é sabido que elas funcionam e, no caso de um filme de apelo popular e direcionado ao público jovem, tê-las ignorado pode ter sido um erro.

DVD + CDs


Sinopse:

O show do Maracanã - momento histórico na carreira de Sandy & Junior, está registrado no DVD que compõe o Sound and Vision da dupla. São 16 músicas ao vivo, mais 6 videoclipes-bônus da carreira internacional e ainda fotos e cenas de bastidores do evento. Os 2 CDs fazem uma panorâmica de 28 sucessos, desde o primeiro álbum até os mais recentes sucessos, como "As quatro estações" e "A lenda". Imperdível!

Dados:
Ano: 2002
Gênero: Teen
Procedência: Nacional
Universal Music; ASIN: 044001761324

Faixas:

1. Vâmo Pulá!
2. O amor faz
3. A lenda
4. Enrosca
5. Duas sanfonas
6. No fundo do coração
7. You´re my #1
8. Fascinação
9. Aprender a amar
10. Na boa, sem chorar
11. A gente dá certo
12. Era uma vez...
13. As quatro estações
14. Endless love



Sandy e Junior no Festival de Verão de Salvador



Com as baterias renovadas após alguns dias de férias, Sandy e Junior fazem o primeiro show de 2004 no dia 1º de fevereiro, no Festival de Verão Salvador. Os artistas levam ao público sucessos como “Não dá pra não pensar”, “Cai a chuva/Me diz”, “Vâmo Pulá!”, “As quatro estações”, “Enrosca”, Super-Herói”, “Baby, liga pra mim” e novos hits do CD Identidade como “Encanto (Tema do filme AcQuária)”, “Desperdiçou” e “Nada vai me sufocar”. Os artistas apresentam o espetáculo de uma hora e meia ao lado de nove músicos e seis bailarinos. 

Para os próximos shows deste ano, os artistas e sua equipe já desenham o novo formato e repertório, que será todo baseado no CD Identidade, 14º álbum da carreira. A nova turnê 2004 tem estréia prevista para o mês de março e terá a direção do argentino Picky Talarico. 

Sandy e Junior se apresentam no Festival de Verão no mesmo dia em que participam Ivete Sangalo, Br’oz, Daniela Mercury, O Rappa e Pitty.

“Desperdiçou” é a próxima música de trabalho dos artistas.

Sandy e Junior irão tocar no Festival de Verão Salvador algumas músicas do CD Identidade. 

“Desperdiçou” será a segunda música de trabalho deste álbum e promete ser a sensação do verão de 2004 – a primeira música de trabalho foi “Encanto (Tema do filme AcQuária)”. 

Os artistas já gravaram o videoclipe da música no final do ano passado, em Buenos Aires. Junior terá um par romântico, a modelo Sofia Penfold, e Sandy será uma repórter. O clipe, dirigido pelo argentino Picky Talarico e cheio de surpresas, tem estréia prevista para janeiro de 2004, mesmo período em que a música entra para a programação das maiores rádios do país.

CD Identidade



Sinopse
Novo álbum de Sandy & Jr. que mostra um repertório de canções com uma sonoridade inspirada no momento musical dos artistas. O destaque do álbum é a maturidade musical dos irmãos, Junior toca bateria na inédita "18º (Dezoito Graus)" e assina a composição de cinco faixas. Sandy mostra seu amadurecimento como letrista em faixas inéditas como "Libertar" e "Quero Você", além de ser co-autora da letra da canção "Encanto", que abre o CD em grande estilo e é tema de "Acquária". A novidade deste CD é a vantagem dos fãs poderem optar pelo rosto dos dois artistas na capa, pois o álbum traz a foto de ambos.

Este é o álbum mais autoral da carreira dos artistas, que assinam seis das 14 faixas. O controle artístico de Sandy & Júnior está presente em todos os detalhes, da escolha do repertório aos arranjos, da composição à mixagem do CD.


Dados técnicos
Ano: 2003
Gênero: Teen
Procedência: Nacional
Universal Music; ASIN: 602498076613

Faixas:
1. Encanto (Tema de Acquária)
2. Música e paixão
3. Desperdiçou
4. O mundo que se vê

5. Nada vai me sufocar
6. Você pra sempre (Inveja)
7. Sem teu amor
9. Conto de amor
10. Libertar
11. Quero você
12. Razões pra sonhar
13. 18º (18 graus)
14. Planeta água

Resenhas dos clientes:
- Amandinha, de GRANDE, São Paulo, 10/6/2005
Essa dupla vale ouro. Esse cd é mais que demais, eu amei, todas as músicas são show, as vozes deles são d+, vale a pena comprar, não vão se arrepender, podem acreditar...

- Mariana, de Piracicaba, SP, 16/4/2005
Ameiiiiiii...surpreendente!!!! Galera, esse cd eh maravilhoso, amei o cd (como todos que eles já fizeram) e amo a dupla, as músicas são perfeitas e a voz deles, sem comparação!!!!
- Rodrigo Cezar Garcia de Oliveira (santosmtx@bol.com.br), de Londrina, Pr., 5/1/2005
Identidade. Este cd está muito bom, comprei meu cd ontem e não me arrependi gostei das músicas: "Libertar", "18º Graus (18 graus)", "Tudo Pra te conquistar", "Sem teu amor", "Desperdiçou", " Música e paixão", " Você pra sempre (Inveja)", " Nada vai me sufocar", e minha preferida é " O mundo que se vê". Eu recomendo que vocês comprem, pq eu comprei e não me arrependi.

- Bruno V., de Guarulhos, 1/12/2004
Ótimo. Cara, esse Cd é muito bom!!!!!! Não deixem de comprar, as músicas são 10!!

- Fabiano, de Lagoa Vermelha/RS, 13/11/2004
Bom. Está bom d mais este CD!!!!

AOL

19 de fev. de 2004

Júnior: “Queria ser o John Travolta”

Fotos: Divulgação
“Kim tem muitas coisas parecidas comigo. Uma delas é ser discreto”, diz Júnior

Júnior

“Queria ser o John Travolta”

Cantor era fã do ator americano,
porque “era galã, dançava e as muié
ficavam todas apaixonadas por ele”

Juliana Lopes e Rodrigo Cardoso
 







No filme, acaba a água
do planeta. Dá para esperar
um final feliz no meio de todo esse pesadelo?

(Risos). Dá para satisfazer as vontades do público. Gosto de final feliz. Não gosto quando
fica meio no ar, quando não dá para chegar à conclusão da história. Prefiro quando tem
final, feliz ou não.

Qual filme que viu não tem final?
Nas trilogias, o final do segundo filme é sempre frustrante. Matrix gostei mais do primeiro e do último. O segundo não muito. Vou direto ao cinema. A Sandy é viciada em cine-
ma e é ela quem me puxa. Gostei muito de Joana d’Arc,
com a Milla Jovovich. Lembro que fiquei impressionado,
por dois dias não consegui pensar em outra coisa. Mexeu comigo. Tem uma cena em que Deus aparece para Joana d’Arc e, no meio de uma conversa, Ele fica p. da vida com ela e lhe dá um tapa na cara. São umas coisas fortes, assim, você fala: “Meu!?” Ver Deus dando um tapa na cara da pessoa! Quando acabou o filme, não conseguia sair da poltrona, estava num estado de choque e falei: “Meu
Deus, preciso tomar uma água”.


O que significou filmar Acquária?
Antes, ficava imaginando como era para um artista ir ao cinema e se ver num filme. Comecei a gostar da idéia,
sabe? Achei que seria bacana ter a oportunidade de ir
ao cinema e me assistir (risos). É gostoso, é um passo
a mais na carreira. O que a gente aprende no cinema,
acaba trazendo para a vida.


Na adolescência, imaginava-se na pele de algum ator?
Quando era pequeno, adorava Grease (Nos Tempos da Brilhantina). Assistia, nossa!... (virando-se para Sandy: “San, quantas vezes a gente assistiu Grease?”) Não tenho noção, meu! A gente assistia quase todo dia (risos). A gente era viciado porque o nome da Sandy vem da personagem desse filme. Aí, tem toda história dos meus pais, que pegaram na mão um do outro pela primeira vez, quando assistiam a esse filme. Então, faz parte da nossa vida. E, meu, era praticamente um seriado ver Grease.


Imitava o John Travolta?
Ficava cantando as músicas, queria ser o John Travolta. O cara era galã, dançava, as muié ficavam todas apaixonadas por ele. Pensava: “Meu, quero ser esse cara”.


Hoje, consegue ser esse cara que canta e dança
com as mulheres em volta?

(Risos) Acho que não. Cada um tem suas qualidades.
Sou liso, né?


O que faz quando está sozinho?
Queria fazer aula de guitarra. Falei com um professor, mas o cara não podia vir a Campinas. Quero estudar mais música. Quando estou em casa, fico compondo, tocando, criando. Adoro sair para ver show, a todos os amigos, pessoas que conheço, sempre pergunto: “O que você está ouvindo?”.


E o que você ouve?
Tô curtindo bastante rock. É um som que gosto de fazer, então, gosto de ouvir. Não sou muito heavy metal. Gosto de Coldplay, Train, Lenny Kravitz. Esse CD nosso (Identidade) tem muito pop rock. Gosto das baladas dos grupos de rock. Outro dia, acabei dando canja no Blen Blen (bar em São Paulo). Gosto do improviso, do sem ensaio, me divirto muito.


Está satisfeito com o tempo que gasta com trabalho?
Sou muito tranqüilo, bem resolvido, sabe? Essa coisa de ir para a balada é uma coisa que me diverte, mas me acrescenta profissionalmente. De certo modo estou evoluindo. Sinto muito prazer no meu trabalho e sempre dou um jeito de me divertir com o trabalho.


Às vezes, não tem vontade de pegar o carro para dar uma volta e ficar sozinho?
Acho importante ter um momento para refletir ou simplesmente ficar quieto. Sou um cara de amigos, gente, telefone, meio relações públicas: “E aí, vamos sair, fazer não sei o quê?”. Mas sempre que me deito, fico vendo televisão, durmo tarde, é um momento meu. 


Está namorando?
Não. Tô falando direto que não estou. Engraçado que, de repente, surgiu um boato que minha família está brigada comigo, que (meus pais) estão querendo melar meu namoro com a Karina (Bacchi, modelo e atriz) porque ela é uma mulher mais velha, não sei o quê... Hello! Não tem nada disso. O fato de ela ser mais velha não teria problema nenhum, se estivesse com ela. Fonte: IstoÉ Gente

Sandy: “Resolvi cuidar de mim”

Fotos: Divulgação
Na pele de Sarah, ela é criada no meio de homens: “Foi difícil ser menos delicada”, diz

Sandy

“Resolvi cuidar de mim”

Cantora voltou a acordar cedo,
fazer ioga, acupuntura e terapia

Juliana Lopes e Rodrigo Cardoso
 








Como é sua personagem
no filme?

É uma mulher que foi criada no meio de homens. Por isso, é
bruta na maneira de agir, falar. Parece até sem educação, por-
que come de boca aberta. Tem essa coisa forte, mas também mostra um lado mais feminino, quando começa a se apaixonar
e conviver num ambiente familiar em que existe amor.

Você aparece de costas tomando banho.
Um banho de roupa não existe. E, se mostrasse menos do que aquilo, também ficaria sem graça. É uma cena sensual, mais sutil. É poética, romântica e não mostra nada além do que um decote de vestido mostra.


Como se preparou para o filme?
Fiz preparação com o Sérgio Pena, um ótimo preparador de elenco. Ficamos duas semanas ensaiando, fazendo preparação corporal. Não tenho a pretensão de dizer: sou uma ótima atriz. Consegui fazer uma coisa diferente do que havia feito antes. Tenho autocrítica enorme. Revejo cenas e não acho tudo maravilhoso. Consegui passar um ar misterioso que a Sarah precisava ter. Agora, foi difícil ser menos delicada. A Sarah é muito diferente de mim. Tem uma coisa mais forte, mais rude, uns movimentos mais violentos. Sou muito delicada, muito bailarina clássica.


Como trabalhou esse lado rude?
O Sérgio ficava me provocando. Ele fazia um círculo no chão, um raio de 2 metros. Eu ficava ali dentro e ele: “Vai, finge que você está matando fulano. Abaixa que eu vou te atingir”. Eu pegava um bastão e tinha de me defender, partir pra cima, abaixar, brigar, pular... Tive de ser uma pessoa a postos, com todos os sentidos aguçados e, se precisar, com raiva. Pronta para atacar.


E nada disso faz parte de personalidade?
Não. Sou supercalma. Quase nunca levanto a voz, nem quando estou brigando! Eu brigo na calma. Quase nunca explodo. Explodi uma única vez. Um dia, estava estressada, trabalhando muito numa viagem internacional e me atrasei. Eu já estava apavorada, aí começou todo mundo a me pressionar. As pessoas chegaram no meu quarto do hotel, ficaram olhando, pressionando e falando: “Você está atrasada. Vamos embora, vamos”. Aí, gritei: “Pô, não agüento mais. Tô estressada, cansada, não me pressio-
nem, não agüento”. No geral, consigo viver no meio dessa loucura toda. Sou de Aquário com ascendente em Touro.
O Touro me deixa calma.


Gosta de astrologia?
Adoro mapa astral, vivo estudando sobre isso. Minha
Lua é em Leão. Significa uma pessoa maternal, que
gosta de cuidar, mas de ser cuidada também, de estar
no centro das atenções.


Acredita que um dia irá dar um tempo na carreira, ter uma família e sossegar?
Acho que vou levar carreira e família ao mesmo tempo.
No filme As Horas, a mulher que abandona a família foi chamada de “monstro”, mas quem assiste entende o lado dela. Acho genial essa coisa de o cinema fazer a gente pensar da maneira que ele quer. Na minha vida, quero formar minha família. É um sonho que tenho: casar com todo o figurino, vestida de noiva, na igreja, com padre, padrinhos, vestido branco – não necessariamente daqueles de bolo de casamento. E ter filhos.


Já apareceu alguém que a fez pensar: “Com esse,
eu caso”?

Já houve época em que eu estava bem apaixonada e pensava que fosse casar. Passou. Atualmente, não
pretendo casar com ninguém.


Está namorando?
Então, não sei. Isso a gente pula (risos).


Por que artista namora escondido?
É muito chato namorar deliberadamente, na frente de todo mundo, de todas as câmeras, fotográficas ou de tevê. Aí, as pessoas se sentem no direito de falar sobre sua vida. Então, quanto menos eu der essa chance, melhor.


Já se sentiu culpada por não ter tempo de resolver problemas de sua essência?
Já aconteceu de achar que perdia tempo fazendo um
monte de coisas e não estar fazendo nada por mim.
Esses dias, resolvi mudar. Começar a acordar mais cedo, fazer mais coisas de manhã, voltei para a ioga, faço acupuntura e terapia toda semana. Há dois anos faço
terapia e não conseguia mais ir toda semana. Resolvi
cuidar de mim, me organizar.


Vai ao cinema?
Muito. É meu programa preferido. A primeira coisa que penso em fazer quando sei que terei folga é ir ao cinema. Tem semana que trabalho sete dias e semana que tenho dois dias de folga. Vi Legalmente Loira na minha folga dessa semana. Achei meio bobo. Vi para me divertir. Um filme que me fez pensar, analisar o conceito de vida e encarar as coisas foi As Horas. A interpretação das atrizes (Nicole Kidman, Juliane Moore e Meryl Streep) é demais.


Musicalmente falando, o que tem ouvido?
Gosto de MPB. Estou ouvindo bastante jazz, Norah Jones e uma cantora americana que já morreu e só agora está fazendo sucesso. Chama-se Iva Cassidy, ela é muito boa. Ouço rock de vez em quando. Já pensei em gravar um disco de jazz, misturado com bossa nova.

Fonte: IstoÉ Gente

Sandy e Júnior em ação

Fotos: Divulgação
“Sou um cara de amigos, gente,
telefone, meio
relações públicas’’

Júnior
Fotos: Divulgação/Vogue RG
“Quero casar com todo o figurino, vestida de noiva, na igreja, com padre, padrinhos, vestido branco. E ter filhos’’ Sandy


Carreira

Sandy e Júnior em ação

A dupla que faz sucesso com crianças e adolescentes estréia no cinema nos papéis principais de Acquária e comenta suas diferenças
Juliana Lopes e Rodrigo Cardoso
 
Fotos: Divulgação
Sandy com o irmão em cenas de bastidores da
gravação do último CD. Em 13 anos de ca rreira eles
lançaram 14 CDs. Para fazer Identidade, Júnior
ouviu mais de 200 músicas antes de definir o repertório

Ela tem 20 anos e ele, 19. Treze anos atrás, os dois subiam no palco pela primeira vez, acompanhados por uma platéia de 35 mil pessoas. De lá para cá, a dupla Sandy e Júnior lançou 14 CDs e emprestou o nome para uma série de tevê que durou quatro anos na Globo. Na sexta-feira 12, eles dão mais um passo e estréiam no cinema. Orçado em US$ 10 milhões, Acquária é uma superprodução gravada no deserto de Atacama, no Chile, e conta a história da falta de água num futuro próximo. No filme, Kim é muito parecido com Júnior, que o interpreta. Kim, por exemplo, tem uma namorada, mas não diz quem é. “O Kim tem muitas coisas parecidas comigo. Uma delas é ser discreto”, diz o cantor-ator. Já a personagem Sarah é praticamente o oposto de Sandy. Desinibida, ela vive cercada de homens – até uma cena de banho entrou no roteiro. “É mais um atributo do filme. Sandy é uma mulher muito bonita e, obviamente, foi proposital”, explica a diretora de Acquária, Flávia Moraes. “Achei supersensual”, atesta o irmão da cantora.
Embora Sandy e Júnior não se desgrudem artisticamente, as individualidades de cada um são, com o passar dos anos, cada vez mais transparentes. Nesse último CD (Identidade), Júnior ouviu mais de 200 músicas para definir o repertório. Além de produzi-lo, cuidou da seleção dos músicos. É ótimo instrumentista, mas deixa a desejar como letrista. Sandy é, como diz, uma compositora de chuveiro. É no banho que as melodias surgem. Harmonia, porém, não é sua praia. Em entrevista a Gente, Sandy e Júnior revelam as diferenças que, quando no palco, são detalhes.
Fonte: IstoÉ Gente

Sandy e Junior comentam as faixas de "Identidade"

Sandy e Junior estão orgulhosos por seu novo CD. A dupla foi responsável por 6 das 14 músicas inéditas de Identidade. Confira aqui o que os irmãos acham de cada uma das músicas:

1- Música e Paixão
Junior: "Compus essa música quando a gente estava no Chile, em Viña Del Mar, e foi muito engraçado, porque era de madrugada e eu ficava no quarto com o violão e o gravador, compondo. Normalmente, quando eu componho uma música, já penso no arranjo, ela já vem meio que completa na minha cabeça. Eu já vou bolando tudo, até virada de bateria já fica na minha memória. Então, quando chegamos do Chile eu fui direto pro computador. Eu tenho um estúdio pequeno em casa, fui para o Pro Tools e comecei a programar mais ou menos como eu tinha pensado que ela poderia ficar. E foi bem próximo do que ficou no CD, na verdade. É muito bacana fazer um arranjo, poder ouvir depois a música pronta. Porque é conseguir ver se concretizando o que estava no seu pensamento. Eu mandei a maquete pro Ricardo Feghali e ele terminou de programar lá. A letra foi feita pela Dani Monaco, que é uma compositora muito bacana, maravilhosa, uma superletrista. A gente fez em parceria, porque meu negócio é música, melodia, harmonia e tal."
 
2- Encanto (Tema de Acquária)
Sandy: Encanto> foi a primeira música que entrou nesse CD, a primeira que veio pra gente ouvir. Ela foi feita pelo Luis Gustavo e pelo Claudio Paladini. A música emocionou a gente logo de cara. Eu lembro até que a gente estava no carro e eu já comecei a querer cantar a música na hora. A música veio primeiro em inglês. A gente enxergou essa música na nossa voz, mas precisávamos de uma letra em português. Então mandamos pro Maurício Gaetani e ele fez uma letra bem legal: eu dei umas mexidas, dei umas modificadas, fiz um outro refrão. E o Ricardo Moreira também entrou na parceria da letra. Então, Encanto tem cinco parceiros. É uma música linda, está na trilha do filme também. É o tema romântico de Acquária, tema da Sarah e do Gaspar. Acho que é uma música superimportante, é o primeiro single do nosso CD. É linda, tem uma coisa forte e ao mesmo tempo é delicada, tem uma sutileza... O arranjo foi feito pelo Claudio Paladini e pelo Luis Gustavo, os compositores da música. E tem alguns loops, algumas programações feitas pelo Otávio de Moraes. Ficou super-romântica e moderna ao mesmo tempo. O arranjo foi feito no começo do ano, porque a gente precisava cantar no filme, e o filme foi rodado em abril e maio. Gravamos o CD somente em julho. Então, imagina, teve um espaço aí entre a gravação da música e do resto do CD. E nesse tempo, aconteceram muitas coisas nas nossas vidas. A gente faz uma música conforme o que sentimos no momento, então, Encanto acabou ficando um pouco antiga pro CD, o arranjo destoou um pouco. Por isso mexemos várias vezes, fizemos mais uns três, quatro arranjos até chegar nesse definitivo. Que ficou ótimo, eu adorei."
 
3- Desperdiçou
Sandy: "A música Desperdiçou foi feita pela Liah, Dani Monaco e Rique Azevedo. Esses três parceiros têm várias músicas no nosso CD, são muito bons, diga-se de passagem! É uma música apaixonante. Meu irmão recebeu a música e ouviu à noite, eu já estava indo dormir - e ele ficou tocando, tocando, porque também gostou logo de cara. Eu dormi ouvindo aquela música e acordei com ela na cabeça. Eu nem conhecia, nunca tinha ouvido antes. Então, já dava pra ver que a música era boa, ela tinha uma coisa pop legal. Aí, a gente mostrou pros nossos pais, no dia seguinte, e eles adoraram; depois, pro pessoal da gravadora e eles adoraram. Foi unânime. Quem fez o arranjo foi o Feghali e ficou muito bom, gostei muito. É uma das minhas músicas preferidas do CD. Ela tem tudo: balanço, charme, alguns elementos diferentes... A gente inventou umas coisinhas ali, que eu achei que ficaram legais, ficaram simpáticas. Bom, eu espero que o público goste. Nós acreditamos muito nessa música."
 
4- O Mundo que se Vê
Junior: "A música foi composta pelo Victor Pozas, Alexandre Castilho e André Aquino. O Victor fez o arranjo com o Alexandre e a música tem uma coisa, assim, meio rock¿n roll que é bem bacana. Ela passa uma mensagem preocupada com o mundo que está em guerra. Acho que é meio que uma conscientização da galera. Quisemos gravar essa música até porque tinha muito a ver com o momento que a gente estava vivendo no filme. Quando o Victor Pozas mostrou já estávamos na filmagem do nosso longa. E aí ficou perfeito, encaixou perfeitamente no CD. A gente curtiu muito gravar essa música. Eu participei também de toda parte da produção musical, sugerindo o solo de violino do Amon Rá, um amigo meu que toca muito. Enfim, ficou muito bacana. O Mundo que se Vê tem tudo a ver com o momento que a gente está vivendo."
 
5- Nada Vai me Sufocar
Junior: "É uma música da Liah, Dani Monaco e Rique Azevedo. Essa foi a primeira que eles mandaram. Recebi no meio de um monte de músicas. Dava uma primeira ouvida em todas as músicas que chegavam pra gente selecionar juntos as que iriam entrar no repertório. Essa música tinha um arranjo completamente diferente. A gente ouviu e eu falei: 'Gente, o arranjo está meio estranho, mas a música é muito boa'. Então, botei pra tocar no meu som, enquanto tomava banho, no quarto, fiquei ouvindo muito pra ver o que acontecia na minha cabeça. Um dia, no banho, me veio uma frase, um riff de guitarra... Aí eu parei, me arrumei rápido, peguei o violão e criei esse riff do começo. Depois disso, o arranjo veio inteiro na cabeça, já fui correndo pro computador, fiz uma maquete em cima do original, porque não tinha a música aberta em canais. Quando eu mostrei pro Max Pierre, vice-presidente artístico da gravadora, ele ficou louco! Lembro que cheguei até a mostrar pra Ivete Sangalo, quando a gente se encontrou no camarim lá no Rio, e ela também adorou. Pensamos em quem poderia fazer o arranjo junto comigo e enviamos a música pro Ricardo Feghali. Quando a música estava mais ou menos feita me veio a idéia de fazer um rap que não existia no original. Liguei pro Otávio de Moraes, nosso baterista no show e um dos arranjadores do CD, também. Liguei pra ele e falei: 'Otávio, me ajuda aí a fazer uma letra nessa parte, com uma divisão meio quebrada.' O Otávio é marido da Dani Monaco, que é uma das compositoras da música, então não teve problema nenhum!" (risos)
 
6- Você pra Sempre (Inveja)
Sandy: "A música Você pra Sempre, mais conhecida como Inveja, foi muito interessante. Não posso falar muito dela, sou suspeita, porque eu a compus junto com o meu irmão. Primeiro eu fiz um refrão pra ela, veio na minha cabeça uma melodia. Gravei no meu gravadorzinho e guardei. Ficou um tempão ali. Um dia, estava na fazenda tranqüila, férias, sabe, a gente fica em contato consigo mesmo... Estava tomando banho - eu sempre faço música no banho, não sei o que acontece comigo! -, quando me veio uma letra na cabeça. Estava pronto o refrão, com letra e melodia. Mostrei pro meu irmão e falei: 'Ju, agora precisa tirar a harmonia dessa melodia pra gente poder terminar a música'. Ele não deu muita bola... Me enrolou um pouco. Eu peguei um pouco no pé dele e ele fez a harmonia do refrão. Depois de um tempo a gente resolveu tentar fazer um começo pra ela, em casa. O Ju fez a harmonia, fomos criando a melodia juntos e, de repente, a música foi saindo. Quando a gente viu, estava pronta, só faltava a letra do começo. A gente tinha gostado pra caramba. Um outro dia eu estava tomando banho (de novo!) num hotel quando me veio a letra do começo da música na cabeça. Eram oito horas da manhã... louco né? Eu só faço nesses horários, assim estranhos! A gente mostrou pros nossos pais, eles babaram, ficaram impressionados com a música. Isso foi em 2001. A gente não gravou CD inédito desde então e a música ficou guardada. Agora, mostramos pro pessoal da gravadora e eles adoraram também, logo de cara. O arranjo é do Otávio de Moraes e eu fiquei muito feliz, porque ele pegou bem o que a gente estava sentindo, o que a gente estava querendo pra música. Ela ficou delicada e romântica. Eu acho que é muito a nossa cara, o lado mais romântico que a gente tem. Bom, eu sou suspeita. Não posso falar muito!"
 
7- Sem teu Amor
Junior: "A história dela é engraçada, porque o compositor dessa música é um amigo meu, que fazia figuração no programa Sandy e Junior. Ele é um cara que canta, sonha em gravar um CD, e faz umas músicas muito bacanas. Ele tinha gravado essa música, assim demo, pra mandar pra gravadoras e me deu esse CD. Eu curti pra caramba, essa música me chamou a atenção desde o começo. Também por ter feeling black anos 70. Quando a gente começou a fazer o repertório eu pedi pra ele me mandar algumas coisas, porque sabia que ele tinha músicas interessantes. E eu falei: 'Putz, demorou! Por que não? Eu já conhecia a música, já cantava, alguns amigos já cantavam, aí, resolvi gravar'. Pra fazer um arranjo bacana, eu queria uma coisa de guitarra bem legal nela. Aí, surgiu essa idéia de chamar o Davi Moraes pra fazer o arranjo junto comigo e tocar. Eu fiz uma participação no show do Davi, no Rio de Janeiro, no Ballroom, e a gente tinha feito essa troca de informação musical, já tava meio amigo. Então, liguei pra ele e ele topou na hora, ficou louco com a idéia. Eu mandei a música, ele adorou. A gente se reuniu pra criar o arranjo no dia de fazer base, já no estúdio. Montamos bateria, guitarra, baixo e percussão, tudo junto. Quer dizer, cada um num ambiente, e saímos tocando. Eu cantando, fazendo voz guia, e a gente saiu tocando. Ensaiamos umas quatro vezes e na quinta, já gravamos. Ela nasceu assim, meio live, como se fosse uma jam session. Por isso ela ficou com essa cara tão gostosa de show, ninguém consegue ouvir essa música parado, ficou com um suingue danado!"
 
8- Tudo pra te Conquistar
Sandy: "Foi o Ju quem ouviu essa música pela primeira vez. Ele ouvia quase todas e mostrava pra gente. Foi uma música que me chamou a atenção, principalmente por ter um clima meio blues ¿ '...Naaão me escondo...'-, que era muito divertido. A gente achou uma música divertida, gostosa de ouvir, de curtir. Mostramos para o pessoal da gravadora e eles gostaram também. O arranjo mudou tantas vezes, porque a gente sabia muito o que queria dela. E foi o Feghali que fez o arranjo. Ela também foi feita pela Liah, pela Dani Monaco e pelo Rique Azevedo. Gravei também no Mosh, em São Paulo, mas algumas coisas foram feitas no MM em Campinas, que é o estúdio onde a gente sempre gravou, desde o primeiro CD. Ela tem um estilo um pouco diferente do resto das músicas, acho que é exatamente por causa desse lado meio blues do começo. Tem uma referência meio antiga, meio do pré-70, aquele refrão... Então, fica essa coisa misturada do bluezinho no começo, com esse pop pré-70 do refrão. É bem bacana!"
 
9- Conto de Amor
Sandy: "Vou falar agora de uma música linda, que eu adoro, e que é bem romântica. Conto de Amor foi feita pela Liah e pelo Pedro Barezzi. Ela quase não entrou no CD, não sei porque, a gente não tinha selecionado. Mas ficou faltando uma e a gente queria uma música romântica. Pegamos o CD que a Liah tinha mandado e falamos: 'Bom, vamos escutar de novo, vai que tem alguma coisa boa e a gente passou batido?' Aí, a gente escutou e eu falei: 'Gente essa música é boa! Temos que gravar!' O Otávio de Moraes fez o arranjo e foi tudo de última hora, mas acho que deu muito certo. Eu fui me emocionando enquanto cantava porque ela tem uma letra linda, uma melodia encantadora, sabe? Pega no coração. Foi emocionante quando eu gravei. Eu cantei uma vez inteira. E o Felipe Abreu que estava comigo, me dirigindo no estúdio falou: 'Sandy, vamos fazer mais uns dois canais inteiros? Porque eu acho que não vamos precisar refazer muitas coisas, depois a gente faz aqui a nossa edição. Foi... cantei mais duas vezes e ficou assim."
 
10- Libertar
Junior: "Libertar também tem uma história engraçada. A gente estava viajando, indo fazer show, aí comecei a tocar violão e fiz os dois primeiros acordes da música, que são lá e si, mas com o si e o mizinho solto. Termos técnicos. Tocando assim, eu comecei a fazer essa brincadeira com um nanana, um embromation, falando qualquer palavra em inglês. Aí nasceu essa idéia do pararan, que tem a ver com a repetição da mesma melodia, de várias formas. Comecei a brincar com isso, ela meio que se guiou sozinha. É um tipo de música que eu curto muito, um pop rock light, não muito pesado, e com essa coisa de misturar orquestra e cordas. Me encontrei com o Feghali no estúdio para pensar como faríamos o arranjo, então gravei um violão ali pra ele ver toda a harmonia, a gente tirou tudo, fez algumas alterações. Foi assim que nasceu Libertar e ela ficou com uma onda bem gostosa. A música agora está no filme, é o tema do grupo, da galera ali, e a gente canta no eclipse lunar. A gente queria colocar no filme, todo mundo estava adorando, mas a letra não podia ser sobre o amor de um casal, tinha que ser coerente com o resto da história. Então pensamos em liberdade, em algumas palavras-chave, e nosso pai veio com a primeira idéia da letra. Aí, tudo ficou mais fácil e a Sandy já seguiu daí pra fazer a letra de Libertar. Virou uma composição minha, da Sandy e do nosso pai. Virou uma música em família."
 
11- Quero Você
Sandy: "Quero Você foi encomendada pro Otávio e pra Dani. O arranjo da música também é do Otávio. A gente ligou pro Otávio e disse: 'A gente quer uma música assim, assim, assim...' E eles fizeram, sob encomenda. Deu tão certo, ficou bem aquilo que a gente queria. Com um refrão legal, gostoso de cantar. É uma música bem moderna, dá tanto pra dançar, quanto pra curtir ouvindo. Tem um lance engraçado: uma vez, a gente levou essa música pra mostrar pros músicos que fazem o show com a gente, lá no Credicard Hall. Botamos no sonzão, no PA pra todo mundo ouvir: como tinha fãs do lado de fora, eles colocaram o gravador debaixo da porta pra gravar. Ficou até boa a gravação deles! No outro dia, quando chegamos, estava lá uma galera esperando a gente cantando "quero você, quero...". Eu perguntei: 'Como vocês sabem isso?' E eles: 'Ah!!!' (mostrando o gravador). Todo mundo tinha gravado e já estava cantando. Acho que ela pega, fica na cabeça, é gostosa de cantar. E tem uma poesia bonita também, não é só a música."
 
12- Razões pra Sonhar
Junior: "Razões pra Sonhar foi uma música que eu comecei compondo em casa, também ouvindo coisas no banho. O começo dela nasceu inteiro assim, o A e o B. Só que eu tinha feito um outro refrão numa onda meio funk, não tinha nada a ver com o resto da música. O começo estava tão bonito, mas o refrão não casava. Gravei no meu gravadorzinho e deixei. Um dia, encontrei o Victor Pozas, que é um dos compositores e arranjador também. Fizemos o arranjo da música juntos. Eu o encontrei nas filmagens de Acquária e, por sorte, nesse dia, estavam gravando mais coisas da Sandy, eu estava descansando. Mostrei essa música e ele falou: 'Putz, tá lindo o começo! Mas, o refrão não está cabendo!' Então, a gente começou a tocar, ele pegou o violão, eu também toquei, e fomos criando o refrão. Eu lembro que como não tínhamos um gravador, ele gravou no celular pra gente não esquecer. Eu levo o Pro Tools pra onde eu vou, então, tem sempre um estudiozinho por perto. A gente começou a fazer o arranjo na hora, no trailer, na filmagem do Acquária. O arranjo de cordas também é do Victor Pozas. É uma música que a gente gosta muito. Pedi pra Sandy fazer a letra e, por coincidência, ela já tinha um poema na mesma onda...
 
13- 18º (18 Graus)
Junior: "Na verdade, ela começou porque eu estava ansioso pra estrear o gravador que tinha comprado. História engraçada... A 18º foi uma música que eu comecei a compor nos EUA, no começo do ano passado, quando a gente foi fazer promoção do nosso outro CD. Eu estava no shopping e resolvi comprar um gravador, até então não tinha nenhum gravador pra compor. Aí, cheguei no hotel louco pra estrear o gravador: liguei e comecei a tocar o violão. Foi aí que nasceu a harmonia da canção, já com a melodia. Só não tínhamos feito o refrão, ainda. Fui correndo mostrar pra Sandy, que já começou a pensar na letra. Foi engraçado, já que eu compus a primeira frase falando em inglês. Quando não tem letra a gente fica ou no lálálá ou põe qualquer palavra. Eu lembro que eu comecei com "Come to see the sun", aí a Sandy falou: -Ah, bacana!. Por isso a primeira frase da música ficou "Venha ver o sol". Quando voltei ao Brasil fui pra casa do Otávio Moraes fazer o arranjo, porque o meu estúdio não estava muito legal na época. Ele tinha mais equipamento lá. A gente fez uma maquetezinha e deixou guardada. Quando fomos selecionar o repertório desse CD, lembrei dessa música. Mostrei pro Max, pro pessoal da gravadora, eles gostaram também, então a gente resolveu gravar. E uma coisa legal é que eu estava com vontade de gravar bateria em alguma música no CD. Resolvi gravar nessa por ser uma música nossa, uma das primeiras que eu compus. Eu só tinha gravado bateria uma vez, pra abertura do nosso programa na Globo. A gente chamou o Davi Moraes pra participar, pra tocar guitarra, e ele o fez maravilhosamente. Criou um solo fundamental pra música e gravou guitarras muito bacanas, também. As outras guitarras foram gravadas pelo Vinicius Rosa. Então, essa é a história da música."
 
14- Planeta Água
Sandy: Planeta Água é uma música superimportante nesse CD, porque ela faz parte da trilha do nosso filme Acquária. É o tema principal, gravamos pro filme. E, nossa! Na minha opinião, ficou emocionante. O arranjo é do Feghali e ele arrasou! O arranjo tem cordas e o Juninho fez uns vocais maravilhosos, também. Eu gostei muito. Foi um pouquinho mais complicada de gravar porque ela não é romântica mas eu queria interpretar, botar emoção na música. E ela é tão grandiosa, tão importante... Era uma responsabilidade, porque essa música é do Guilherme Arantes, tinha sido gravada por ele. E tinha sido um sucessão! É uma responsabilidade fazer uma regravação, um cover. Então, a gente falou: 'Bom, vamos lá! Vamos pensar, o que é que a gente faz?' Tentei várias coisas, mandei a minha voz por um caminho, por outro, até encontrar a minha interpretação, até conseguir passar a emoção que eu queria. Acho que ficou bem legal, ficou realmente grandiosa. E sem falar de amor. Emocionante, mas sem falar de amor! Eu gostei muito."
Fonte: Terra