Ser
famoso ou anônimo são dois lados da mesma moeda. Quem nunca sentiu o
gosto da fama, imagina como deve ser receber a atenção, os olhares e até
os comentários maldosos daqueles que te observam. Uns com ódio, outros
com desprezo e demais com admiração e amor. Não é à toa que milhares de
pessoas se candidatam a uma vaga em reality shows como o Big Brother.
Por outro lado, quem já desfruta da fama (merecida ou não), sonha em
poder ir ao cinema ou passear pelas ruas da sua cidade sem ser abordado
em troca de uma foto.
A
personagem deste texto é Sandy Leah Lima, uma garota que desde muito
pequena é famosa e já conta com 17 anos de carreira, se não me engano.
Sei
que Sandy faz análise, mas não atribuo o casamento, a formatura e a
festa de 15 anos a algum conselho profissional. Ela podia sinceramente
não querer tudo isso, já que não precisa provar que é normal. Mas quis,
justamente porque o é. Considero Sandy bastante madura e consciente das
suas escolhas e atribuo à família que possui esta sólida formação de
caráter.
Sandy
realizou sonhos como a festa de 15 anos, com tudo o que tem direito. A
menina virou mulher. Sandy se formou em Letras para ganhar mais
conhecimento e melhorar como pessoa e artista. Sandy se casou com o
homem que ama (sim, muitos se casam sem amar). Passou por
esses rituais humanos porque é humana como todos, apenas tem um emprego
que coloca uma lente de aumento em sua persona e descarta sua
falibilidade como mortal, seus anseios como mulher, seus medos e
incertezas. Como diz em uma das letras que escreveu: o glamour não dura
pra sempre, já que também vai ao banheiro.
Nada mais humano.
Vejo
muitos artistas, alguns muito pouco artistas, transformarem suas vidas
em lama diante do público. Atribuem a si mesmos uma importância que não
possuem. Fazem-se de vítimas e atormentados (poucos são mesmo). Nada
mais detestável do que um artista que se diz artista.
Não vejo Sandy ser
assim, diante de quase duas décadas de vida nos palcos.