14 de out. de 2015

Conheça o perfil dos convidados do DVD da Sandy

Depois de um ano e meio sem pisar nos palcos, Sandy está de volta. "Cancelei o projeto do meu terceiro álbum de estúdio, porque teria que pensar num repertório inédito e levaria muito tempo. Estou num ritmo diferente e, no meio do processo, fiquei com muita vontade de voltar aos palcos e não podia esperar um CD novo". O DVD só ficará pronto no próximo ano e o show seguirá o perfil intimista e minimalista já característicos da cantora. No repertório, canções dos álbuns solo 'Manuscrito' (Pés Cansados, Ela/ Ele, Perdida e Salva) e Sim (Aquela dos 30, Escolho Você, Ponto Final, Morada), incluindo músicas do seu repertório que nunca sairam do estúdio como ''Mais um Rosto'' e ''Refúgio'', além de releituras de sucessos de artistas consagrados e alguns clássicos de Sandy e Junior e, é claro, algumas inéditas.

A cantora estreou em São Paulo, com direito a data extra, e agora segue para o Rio de Janeiro (dia 17), Belo Horizonte (23) e Paulínia (30). Intitulada por ela carinhosamente de 'turnê-teaser', os shows são um aquecimento para a gravação do CD e DVD nos dias 14 e 15 de novembro, no Teatro Municipal de Niterói, com participação de Gilberto Gil e Tiago Iorc. Que tal conhecer um pouco mais os convidados?



TIAGO IORC


Tiago Iorc só canta músicas em inglês e até pode ter jeito de gringo, mas a verdade é que o cantor de 22 anos é brasileiríssimo. Nascido em Brasília, Tiago foi morar na Inglaterra com apenas 10 meses de idade - isso explica a predileção do cantor pela língua inglesa. Quando voltou para o Brasil, Tiago estudou guitarra, piano e violão e se tornou um verdadeiro músico.

Depois que o cantor lançou seu primeiro álbum, intitulado Let Yourself In, o sucesso não demorou a chegar. O primeiro single, Nothing But a Song, entrou para a trilha sonora de Malhação e estourou nas paradas. A segunda música de trabalho seguiu os mesmos passos da de estréia: selecionada para a trilha de Duas Caras, Scared deu a Tiago um destaque ainda maior, e, ao que tudo indica, trilhas sonoras de novelas dão muito sorte para o cantor. O terceiro single, Blame, tocou em A Favorita e foi é sucesso. No início de 2009, 'Nothing But A Song' se tornou o tema de abertura do filme 'Se eu Fosse Você 2', já assistido por mais de 4 milhões de telespectadores.

A 'voz impressionante' como citou em seu blog o cantor e compositor Leoni, somada aos 23 anos divididos entre Brasil, Inglaterra e Estados Unidos deram, além da facilidade para se expressar musicalmente em inglês, a segurança para compor em outro idioma. 'Minha música é reflexo da minha vida. Gosto de compôr em inglês e não vejo problemas nisso. Na verdade, para mim soa mais natural, mais sincero'. Compositor de 8 das 10 faixas do seu álbum de estréia Let Yourself In, Tiago convida a todos para experimentar o delicioso encontro de soul, jazz, rock e pop.

A releitura de dois clássicos da música internacional, 'Ticket To Ride' (Beatles) e 'My Girl' (The Temptations), dá a dimensão exata da sua maturidade artística. 
Com músicas que refletem a sua personalidade e experiência pessoal, Tiago vai além ao abrir espaço para a interpretação. 'Nas minhas letras gosto de ser subjetivo e dar margem para interpretações pessoais. O sentimento que a música desperta em cada um é pessoal, é único, e por isso é tão especial'.

Depois de convidado para gravar o disco, Tiago precisou despertar em si o ato de compor. 'Eu tinha idéias, melodias, letras na cabeça, mas tudo muito disperso. Quando surgiu a oportunidade de gravar o CD eu me concentrei na composição. Foi uma experiência nova, mas extremamente prazerosa'. Tiago entrou no estúdio e gravou todas as vozes e violões para o disco. Segundo ele, um período extremamente 'enriquecedor'. Já para Alexandre Castilho, um período que deu a ele a certeza de que 'Tiago não deve nada a qualquer artista do main stream internacional'.



GILBERTO GIL


Sua carreira começou no acordeon, ainda nos anos 50. Inspirado por Luiz Gonzaga, pelo som do rádio, pelas procissões na porta de casa. No interior do Nordeste a sonoridade que explorava era a do sertão, até que surge João Gilberto, a bossa nova, e também Dorival Caymmi, com suas canções praieiras e o mundo litorâneo, tão diferente do mundo do sertão. Influenciado, Gil deixa de lado o acordeom e empunha o violão, e em seguida a guitarra elétrica, que abrigam as harmonias particulares da sua obra até hoje. Suas canções desde cedo retratavam seu país, e sua musicalidade tomou formas rítmicas e melódicas muito pessoais. Seu primeiro LP, Louvação, lançado em 1967, concentrava sua forma particular de musicar elementos regionais, como nas conhecidas canções Louvação, Procissão, Roda e Viramundo.

Em 1963 ao conhecer o amigo Caetano Veloso, na Universidade da Bahia, Gil inicia com Caetano uma parceria e um movimento que contempla e internacionaliza a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e toda a arte brasileira. A chamada tropicália, ou movimento tropicalista, envolve artistas talentosos e plurais como Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat, José Capinam, Torquato Neto, Rogério Duarte, Nara Leão entre outros. Este movimento gera descontentamento da ditadura vigente, que o considera nocivo à sociedade com seus gestos e criações libertárias, e acaba por exilar os parceiros.

O exílio em Londres contribui para a influência ainda maior dos Beatles, Jimmi Hendrix e todo o mundo pop que despontava na época, na obra de Gil, que grava inclusive um disco em Londres, com canções em português e inglês.

Ao retornar ao Brasil, Gil dá continuidade a uma rica produção fonográfica, que dura até os dias de hoje. São ao todo quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com 9 Grammys. Entre LPs, Cds e DVDs, como Expresso 2222, Refazenda, Viramundo, Refavela, Realce, UmBandaUm, Dia Dorim, Raça Humana, Unplugged MTV, Quanta, Eu Tu Eles, Kaya N`Gandaya, Banda Dois, Fé na Festa, Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo com Orquestra, entre tantos outros, Gil criou uma vasta e abrangente obra musical e áudio visual. Seu último trabalho, Gilbertos Samba, é uma reinterpretação de canções gravadas por João Gilberto e uma homenagem do “discípulo para o mestre”.

Cada novo projeto de Gil tem suas formas consolidadas em suas diversas tournées pelo mundo. Todo disco vira show e muito show vira disco. Sempre disposto a realizar turnês nacionais e internacionais para cada novo projeto, Gil é presença confirmada anualmente nos maiores festivais e teatros da Europa. Realizou diversas turnês pelas Américas, Ásia, África, e Oceania. Gil tem um público cativo em seus shows no exterior, desde suas primeiras apresentações internacionais em 1971, a partir da sua marcante participação no festival de Montreux, em 1978. 


E aí? Conseguem imaginar o que vem por aí?
Fonte: Scandal