20 de jul. de 2020

"Ninguém é obrigado a curtir o trabalho de @sandyoficial e @junior_lima. Aliás, ninguém é obrigado a gostar de nada, né?









Mas é preciso reconhecer o sucesso de grandes artistas. E é exatamente isso que o documentário 'Sandy & Junior — A História' faz: mostra o esforço e a importância que a dupla teve dentro do cenário pop nacional. Recheado de imagens raras de arquivo (como os bastidores dos irmãos em casa saindo para seu primeiro show, em 1991), a série de sete episódios retrata com detalhes a trajetória de Sandy e Junior desde o começo da carreira até a tour comemorativa que aconteceu no ano passado. Nada passou batido pelo projeto, e quem assiste consegue entender perfeitamente em que momento eles começaram a pensar em interromper a carreira como dupla e os motivos que os levaram a querer parar. Impossível não se emocionar e não concordar com os dois. O documentário não deixa de abordar assuntos polêmicos e trata até do tão comentado 'fracasso' da carreira internacional — um dos julgamentos mais errados sobre o que aconteceu com a dupla fora do Brasil.

No documentário, Junior, que sempre foi tido como o coadjuvante e chamado muitas vezes de 'sombra da Sandy', toma para si o protagonismo que nunca teve. É o músico quem mais se abre no que diz respeito ao que ele e a irmã sofreram e fala sobre todas as dores que sempre carregou nos 17 anos de carreira da dupla. Foi difícil não chorar com o músico quando, num jatinho, milionário, usufruindo do bom e do melhor, ele relembra que treinava bateria com raiva para mostrar que não era carregado pela irmã e que tinha, sim, talento. Prova que, por mais bem-sucedido que ele seja (falando aqui de fama e dinheiro), as feridas que foram abertas na infância e na adolescência ainda machucam. Muitos que assistiram aos shows comemorativos se surpreenderam com a performance do rapaz cantando, dançando e tocando vários instrumentos. O documentário só reforça a importância de Junior para Sandy. E vice-versa. Os dois, realmente, se completam."

📸 @cesinha
Via: Carla Bittencourt • Jornal Extra