Sabe qual é o mal do brasileiro? Desdenhar sempre do que é nosso, do que faz sucesso aqui, e valorizar o que é de outro país. Por conta disso, até tentaram, com notas falsas baseadas em informações imprecisas, diminuir a grandeza do feito que Sandy Leah e Junior Lima conseguiram na noite desta quarta-feira (2), em Nova York, mas a tentativa, mais uma vez, foi em vão. Sabe por que? Porque quando se tem amor, o mal nunca vence. E cabe a nós entendermos que a história de sucesso pode ser dos irmãos, mas é também muito nossa.
Nós estamos falando sobre o show que a dupla fez no Barclays Center, uma arena multiuso que fica no Brooklyn, em Nova York, e que já recebeu inúmeros nomes importantes da história da música mundial. O show, que faz parte da turnê Nossa História, que é comemorativa pelos 30 anos da dupla, não só marcou para os fãs brasileiros (e por que não americanos?) que moram nos EUA como também para os próprios irmãos: foi a primeira vez que Sandy e Junior se apresentaram num espaço tão grande, num show só deles, nos Estados Unidos. E também foi a primeira vez que um nome brasileiro se apresenta no Barclays Center.
O que saiu nesta quarta-feira, por uma colunista nacional, foi a informação de que o show seria um fracasso. Segundo as informações publicadas pela jornalista, poucos ingressos tinham sido vendidos e era fácil encontrar os bilhetes pela internet por um preço bem inferior ao que foi cobrado quando liberaram as vendas e, pior, muito mais barato do que o que foi cobrado pelas apresentações Brasil afora.
Mas, como dissemos no começo deste texto, sempre que alguém procura trazer uma informação, é importante apurar e se basear em fatos concretos, não? Pelo menos preza o bom jornalismo. E não precisou que os fãs esperassem muito para confirmar que o que havia sido dito era mentira ou, pelo menos, uma notícia que não teve a apuração que devia e, pior, que foi preparada apenas para gerar clicks: Sandy e Junior podem não ter esgotado os ingressos do Barclays Center, que tem capacidade para aproximadamente 19 mil pessoas, mas a arena ficou cheia e fez com que mordesse a língua quem desejou o contrário.
Adaptações necessárias
Para o show, Sandy e Junior, que chegaram em Nova York alguns dias antes da apresentação, precisaram adaptar muito da estrutura que vimos nas apresentações que começaram em Recife, em julho, e rodaram o país. Isso por conta da logística necessária para levar todo o esquema de palco e equipe até os EUA que, como sabemos, tem certa rigorosidade nas liberações de visto.O que a Tribuna do Paraná apurou é que, por conta do prazo necessário para o visto e pelo curto tempo desde quando houve a contratação do show, muita gente da equipe acabou ficando de fora. Por conta disso, parte do pessoal precisou ser readequado, aproveitando equipes da Live Nation, que é uma produtora internacional e que tem um braço no Brasil, para que não houvesse desfalque na equipe. Essa informação, inclusive, foi confirmada pela própria Sandy logo no começo do show, ao dizer aos fãs que “só a parte artística, do ballet, os músicos, a dupla e um ou outro da equipe técnica”, que conseguiram visto.
Sandy destacou que, mesmo com todos os problemas, as coisas foram acontecendo de uma forma muito satisfatória. “Foi suado. Mas a gente tem uma galera que trabalha com a gente e que se esforçou demais, que veste a camisa. Contamos também com a ajuda de profissionais que a gente teve que contratar daqui e que também se disponibilizaram a fazer o melhor possível, então a gente nem sabe muito bem como vai rolar esse show, mas a gente garante que vai se divertir demais com vocês”, disse. Veja no vídeo como estava o Barclays Center:
E o que aprendemos?
As informações divulgadas por dois sites, que davam o show, supostamente, como um fracasso, nos fazem entender o quanto se faz preciso que, cada vez mais, os jornalistas busquem se cercar do máximo de apuração possível. Em épocas de fake news, disseminar uma nota falsa é algo que não só faz com que as pessoas passem a duvidar mais do que é feito pelos profissionais como também gera desconforto.Mas, o que aprendemos com tudo isso, é que enquanto tem gente que torce contra, a dupla continua lá. Sandy e Junior mostraram aos brasileiros o quanto é importante valorizar o que é nosso. Eles, que sequer imaginavam até onde iriam com a turnê comemorativa, entenderam agora um pouco da dimensão que têm, fazendo sucesso até fora do país. Seja com gente nossa ou misturando brasileiros com americanos, não importa, deixaram evidente que o que se faz com amor, recebe amor em troca.
Reta final da turnê
Os shows da turnê Nossa História passaram por dez regiões do país, repetindo apresentações no Rio de Janeiro (dois dias de Jeunesse Arena) e em São Paulo (com quatro shows no Allianz Parque) e já estão entrando na reta final. Ainda nesta semana, no domingo (6), a dupla se apresenta em Lisboa onde os ingressos estão quase esgotados. O último show da turnê vai ser no Parque Olímpico, mais uma vez no Rio de Janeiro, onde são esperadas mais de 70 mil pessoas, podendo chegar a 100 mil. Ainda não se sabe se a turnê vai ganhar um DVD ou não.O que se sabe é que a comoção da turnê desenvolvida pela dupla gerou muita comoção. Em Curitiba, por exemplo, quando os irmãos se apresentaram no dia 31 de agosto, nem mesmo a chuva afastou o público de aproximadamente 30 mil pessoas, que acompanhou tudo na Pedreira Paulo Leminski.
Os dois disseram que a turnê está fazendo um bem danado para eles, pois estão vendo como as coisas estão agora. “Se for comparar com ‘Sandy e Junior’ na fase anterior, está sendo muito legal, porque estamos tendo a oportunidade de viver tudo isso de novo, de uma maneira muito intensa, porque fica condensado em alguns shows, e com a cabeça de ‘pós 30’, o que é diferente para similar tudo, a gente vê com muito mais profundidade o que acontece. Está sendo uma super oportunidade”, comentou Junior. Veja a matéria completa do show de Curitiba aqui.
Atualizando a agenda:
JULHO:
12/julho: Recife – Classic Hall
13/julho: Salvador – Arena Fonte Nova
19/julho: Fortaleza – Centro de Convenções
20/julho: Brasília – Nilson Nelson
AGOSTO:
2/agosto: Rio de Janeiro – Jeunesse Arena
3/agosto: Rio de Janeiro – Jeunesse Arena
17/agosto: Belo Horizonte – Esplanada do Mineirão
24/agosto: São Paulo – Allianz Parque
25/agosto: São Paulo – Allianz Parque
31/agosto: Curitiba – Pedreira Paulo Leminski
25/agosto: São Paulo – Allianz Parque
SETEMBRO:
13/setembro: Manaus – Estúdio 5
14/setembro: Belém – Hangar
21/setembro: Porto Alegre – Arena do Grêmio
OUTUBRO:
2/outubro: Nova Iorque – Barclays Center
6/outubro: Lisboa – Altice Arena
12/outubro: São Paulo – Allianz Parque
13/outubro: São Paulo – Allianz Parque
6/outubro: Lisboa – Altice Arena
12/outubro: São Paulo – Allianz Parque
13/outubro: São Paulo – Allianz Parque
NOVEMBRO:
9/novembro: Rio de Janeiro – Parque Olímpico
9/novembro: Rio de Janeiro – Parque Olímpico