Acostumado a mostrar seus cliques no Instagram, Junior Lima
(@Junior_Lima), músico e apresentador do programa online Vevo Sessions,
realiza sua primeira exposição. Em cartaz até 12/7 na Matilha Cultural,
"Faces" chega nesta sexta (17) à Luis Maluf Art Gallery.
A mostra é composta por cerca de 40 imagens, sendo a maior parte
delas capturadas por Junior em viagens a lugares como Fernando de
Noronha, Utah, Camboja e Indonésia.
Algumas das fotografias recebem intervenções em tinta acrílica e spray do artista plástico e grafiteiro mineiro Dalata.
"Procuro encontrar fotografia em tudo e gosto de gerar curiosidade na
pessoa que vai ver a fotografia. Fazer ela pensar que momento é esse ou o
que é isso. É uma maneira de conectar", diz Junior.
Confira abaixo entrevista com Junior Lima:
GUIA - Como começou seu interesse por fotografia?
Junior Lima - Faz uns onze anos. Minha mãe iniciou um
curso de fotografia porque queria fotografar a gente [ele e Sandy]. Eu
já estava flertando com o tema e pedi para ela me ensinar. Ela comprou
uma câmera analógica antiga, mas não se adaptou muito e me deu a
máquina.
E foi no Instragam que seu lado fotógrafo se tornou conhecido...
Comecei a fotografar pelo celular e fui desenvolvendo bastante meu
olhar. Logo comecei a namorar a Monica [Benini, sua mulher] e a
fotografia foi nossa primeira conexão. No Instagram eu só postava fotos
mais artísticas. Isso foi ficando evidente e as pessoas começaram a
cobrar uma exposição e eu fui prometendo. Conheci o Dalata e comentei
que gostaria de expor meu trabalho. Ele tem um projeto que chama "Eu
Vejo Coisas" -em que ele intervém [com grafiti] em vários lugares- e
quando viu minhas fotos pensou em fazer algo nelas.
Tem alguma das fotos da mostra que te agrada mais?
O retrato de uma senhora sorrindo sem nenhum dente. Tirei a fotografia
no Camboja dentro de um templo e me marcou muito. Ela estava sentada com
a perna toda torta, com umas fitinhas coloridas que amarrava no pulso
das pessoas. Ela me transmitiu uma coisa incrível, eu pedi uma foto e
ela abriu um sorriso que desacreditei.
Como você encara o papel do fotógrafo dentro e fora das redes sociais?
O cuidado com uma exposição, por exemplo, é muito maior. Não que o
Instagram não seja importante, há fotógrafos que fazem um trabalho
incrível ali. Eu levo menos a sério porque para mim é dia a dia. É como
ouvir uma música no MP3 e ter uma coleção de vinis, que você pode
escutar em sua casa na companhia de um vinho. Você está sempre ouvindo
música, mas de maneiras diferentes.
Luis Maluf Art Gallery - r. Peixoto
Gomide, 1.887, Jardim Paulista, região oeste, tel. 99344-4238. Ter. a
sáb.: 11h às 18h. Até 16/8. Livre. GRÁTIS
Fonte: Guia