E então estamos diante do excepcional. De quem aos vinte e três anos de
idade já completou quinze de carreira. De quem começou tendo um pai
famoso e hoje é uma filha famosa. Estamos diante de alguém que recebeu
um dom para cantar e encantar quando, onde, como, quem ela quiser.
Mas
como nada acontece por acaso, principalmente as conquistas, um dia um
campeão* disse como se estivesse sussurrando um segredo: “se você quer
ser bem sucedido precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e
dar o melhor de si mesmo”. Mas isso não é segredo, é um instinto
natural dos que atingem o ápice. Ela já tem o incomparável, o que é só
dela, entretanto, dedicada, insaciável, a cada dia se aprimora mais.
Uma
manifestação ainda bebê; uma brincadeira; apresentações; uma profissão.
Se o verdadeiro artista vai onde o povo está, ela começou cativando a
família. A família e alguns amigos. Um pequeno público. Vários
admiradores. Dois mil espectadores. Fãs. Trinta mil na platéia. Duzentas
e cinqüenta mil pessoas. O maior estádio de futebol do mundo. Mais de
um milhão de aplausos num único show. Uma seqüência, uma conseqüência,
frutos de um trabalho muito bem estruturado. Que continua...
A
sociedade de consumo e a cultura de venda de tudo quanto é coisa
distorcem, muitas vezes, a verdadeira essência das coisas. Transparência
não é rótulo, caráter não se vende e talento não se compra. Ela é
simples e se permite ser assim, não é marketing. Ela faz o que ela
realmente gosta e acredita, não entra na onda de ninguém para parecer
mais legal, mais liberal. Ela é ela.
Começou com o
aconchego de uma música caipira, depois com ingenuidade nos convidou
para brincar, exibiu danças e letras românticas (sempre). Mais tarde,
músicas em diferentes idiomas, cantou lírico, jazz, cuidadosamente ela
empresta seu charme para clássicos e, ultimamente, pra descontrair fez
um desabafo. O leque é grande, mas vem muito mais por aí.
Já
superou fases, enfrentou mudanças, obteve progressos, adquiriu
técnicas, experiência e confiança para, então, fazer suas próprias
escolhas. Escolhas como estudar, acrescentar, evoluir e preservar sua
vida pessoal. Nada de badalações, futilidade ou exposição gratuita.
Pois, Philip Elmer-DeWitt já dizia “alguns fazem manchete, enquanto
outros fazem história”.
Sem idealizações, sem a
expectativa de encontrar a perfeição, eu apenas disponho de olhos
atentos para quem não cansa de me surpreender.
Sandy: um objeto de estudo.
creditos : SLoka (forum Alenda )