28 de jan. de 2007

Parabéns Sandy

E então estamos diante do excepcional. De quem aos vinte e três anos de idade já completou quinze de carreira. De quem começou tendo um pai famoso e hoje é uma filha famosa. Estamos diante de alguém que recebeu um dom para cantar e encantar quando, onde, como, quem ela quiser.



Mas como nada acontece por acaso, principalmente as conquistas, um dia um campeão* disse como se estivesse sussurrando um segredo: “se você quer ser bem sucedido precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si mesmo”. Mas isso não é segredo, é um instinto natural dos que atingem o ápice. Ela já tem o incomparável, o que é só dela, entretanto, dedicada, insaciável, a cada dia se aprimora mais.



Uma manifestação ainda bebê; uma brincadeira; apresentações; uma profissão. Se o verdadeiro artista vai onde o povo está, ela começou cativando a família. A família e alguns amigos. Um pequeno público. Vários admiradores. Dois mil espectadores. Fãs. Trinta mil na platéia. Duzentas e cinqüenta mil pessoas. O maior estádio de futebol do mundo. Mais de um milhão de aplausos num único show. Uma seqüência, uma conseqüência, frutos de um trabalho muito bem estruturado. Que continua...



A sociedade de consumo e a cultura de venda de tudo quanto é coisa distorcem, muitas vezes, a verdadeira essência das coisas. Transparência não é rótulo, caráter não se vende e talento não se compra. Ela é simples e se permite ser assim, não é marketing. Ela faz o que ela realmente gosta e acredita, não entra na onda de ninguém para parecer mais legal, mais liberal. Ela é ela.



Começou com o aconchego de uma música caipira, depois com ingenuidade nos convidou para brincar, exibiu danças e letras românticas (sempre). Mais tarde, músicas em diferentes idiomas, cantou lírico, jazz, cuidadosamente ela empresta seu charme para clássicos e, ultimamente, pra descontrair fez um desabafo. O leque é grande, mas vem muito mais por aí.



Já superou fases, enfrentou mudanças, obteve progressos, adquiriu técnicas, experiência e confiança para, então, fazer suas próprias escolhas. Escolhas como estudar, acrescentar, evoluir e preservar sua vida pessoal. Nada de badalações, futilidade ou exposição gratuita. Pois, Philip Elmer-DeWitt já dizia “alguns fazem manchete, enquanto outros fazem história”.



Sem idealizações, sem a expectativa de encontrar a perfeição, eu apenas disponho de olhos atentos para quem não cansa de me surpreender.



Sandy: um objeto de estudo.





creditos : SLoka (forum Alenda )