Sandy,
ao lado do irmão, Junior, já lotou Maracanã, botou um Rock in Rio
inteiro para pular, tocou para 1,2 milhão de pessoas em João Pessoa,
vendeu milhões de discos e foi a grande estrela teen do país na década
de 1990 e início de 2000. Mas, agora, aos 34 anos – 27 deles dedicados à
música -, ela prefere ficar em seu próprio canto. Hoje, no Vivo Rio,
ela despede-se, para o público carioca, da turnê solo iniciada em junho
do ano passado com o lançamento do DVD “Meu canto”, gravado no Teatro
Municipal de Niterói, e estendida para atender ao apelo dos fãs que
lotaram teatros e casas mais intimistas no Sudeste, Sul, Centro-Oeste e
Nordeste.
Serena, ela considera que está no melhor momento de sua carreira pós-Sandy & Junior:
– Quando eu quis ser artista grande, eu fui com o meu irmão. Conforme o tempo passa, a gente vai amadurecendo e tentando se entender como pessoa e como artista. Essa busca, para mim, é eterna, e hoje eu posso dizer que é o meu grande momento. O que me traduz como artista é fazer esses shows mais intimistas, olhando nos olhos das pessoas.
O show de “Meu canto”, que tem direção artística da própria Sandy e de Raoni Carneiro, além de produção musical de Lucas Lima, foi todo pensado nesse sentido, desde os arranjos até a cenografia, que traz elementos caseiros: chaves, portas, escadas… O repertório, de cerca de 20 músicas, conta com faixas dos dois primeiros discos solo de Sandy, “Manuscrito” (2010) e “Sim” (2013), as cinco inéditas apresentadas em “Meu canto” – com destaque para “Me espera”, parceria com Tiago Iorc, cujo clipe já foi visto mais de 53 milhões de vezes no YouTube -, alguns covers e, claro, um ou outro sucesso de Sandy & Junior.
Sobre voltar a cantar com o irmão, Junior
– Claro que não dá mais para cantar “Maria Chiquinha” nem “Vamo pulá” (risos), mas sempre incluo algumas porque gosto de agradar meu público. Uma coisa legal dessa turnê é reparar que entre 30 e 40% do público que está indo é formado por novos fãs, que começaram a se identificar com o meu trabalho já na carreira solo – comemora.
Mãe de Theo, de três anos, Sandy admite que, hoje, o trabalho é muito mais baseado “na transpiração do que na inspiração”. Ainda assim, a vontade é estar com uma turnê e um disco novo de inéditas já no primeiro semestre. Já tem “uma música e meia” prontas, mas…
– Antes eu conseguia pensar na música e ir direto para o piano. Hoje, preciso marcar hora para entrar e sair do estúdio com o meu marido enquanto deixo o Theo com a minha mãe. Por isso, ainda estou desenvolvendo esse repertório e não sei se vai ser 100% autoral, se vou colocar músicas de outros compositores – diz Sandy, que compôs “Respirar”, uma das novidades de “Meu canto”, com Daniel Lopes, da banda Reverse, e está gravando o clipe de “Ai de mim”, faixa do mais recente disco do grupo OutroEu (tanto Reverse quanto OutroEu participaram do “SuperStar”, reality musical da Globo em que Sandy era uma das juradas).
Ela acompanha com curiosidade os passos internacionais de Anitta, a estrela pop do momento. Durante um período de sua trajetória ao lado de Junior, a dupla tentou emplacar uma carreira fora do Brasil com o disco “Internacional” (2002), com versões em inglês e espanhol, mas a empreitada durou pouco.
– Fomos meio que levados a isso, não foi uma vontade que brotou de dentro – explica. – Então, chegou uma hora em que desistimos de encarar aquele tanto de trabalho. É humanamente impossível de tratar os dois (carreira nacional e internacional) da mesma maneira. Tem gente que fica feliz com esse tipo de vida, mas nós estávamos ficando tristes por deixar nosso público daqui meio de lado. Anitta está num caminho muito legal, um trabalho bem feito, amparada por ótimos profissionais que ela soube escolher. Como brasileira, me sinto bastante orgulhosa.
Apesar do bom momento de sua carreira solo e dos planos para continuar desenvolvendo-a, Sandy admite que é bombardeada por pedidos de fãs para um retorno da dupla com Junior. Afinal, é possível?
– É uma vontade coletiva dos fãs que vem ganhando força desde que fizemos 25 anos de carreira (em 2015). Rolou um movimento, uma nostalgia que está tomando conta do Brasil. Xuxa fazendo show, Rouge com turnê, Novos Baianos, Raça Negra… A gente não tem planos concretos, mas também não posso dizer que é impossível fazer alguma coisa pontual. Gostamos muito de trabalhar juntos, somos irmãos e não nos separamos por qualquer desavença. Mas não quero das esperanças para ninguém – despista.
Por: O Globo / Foto: NPL/Divulgação
– Quando eu quis ser artista grande, eu fui com o meu irmão. Conforme o tempo passa, a gente vai amadurecendo e tentando se entender como pessoa e como artista. Essa busca, para mim, é eterna, e hoje eu posso dizer que é o meu grande momento. O que me traduz como artista é fazer esses shows mais intimistas, olhando nos olhos das pessoas.
O show de “Meu canto”, que tem direção artística da própria Sandy e de Raoni Carneiro, além de produção musical de Lucas Lima, foi todo pensado nesse sentido, desde os arranjos até a cenografia, que traz elementos caseiros: chaves, portas, escadas… O repertório, de cerca de 20 músicas, conta com faixas dos dois primeiros discos solo de Sandy, “Manuscrito” (2010) e “Sim” (2013), as cinco inéditas apresentadas em “Meu canto” – com destaque para “Me espera”, parceria com Tiago Iorc, cujo clipe já foi visto mais de 53 milhões de vezes no YouTube -, alguns covers e, claro, um ou outro sucesso de Sandy & Junior.
Sobre voltar a cantar com o irmão, Junior
– Claro que não dá mais para cantar “Maria Chiquinha” nem “Vamo pulá” (risos), mas sempre incluo algumas porque gosto de agradar meu público. Uma coisa legal dessa turnê é reparar que entre 30 e 40% do público que está indo é formado por novos fãs, que começaram a se identificar com o meu trabalho já na carreira solo – comemora.
Mãe de Theo, de três anos, Sandy admite que, hoje, o trabalho é muito mais baseado “na transpiração do que na inspiração”. Ainda assim, a vontade é estar com uma turnê e um disco novo de inéditas já no primeiro semestre. Já tem “uma música e meia” prontas, mas…
– Antes eu conseguia pensar na música e ir direto para o piano. Hoje, preciso marcar hora para entrar e sair do estúdio com o meu marido enquanto deixo o Theo com a minha mãe. Por isso, ainda estou desenvolvendo esse repertório e não sei se vai ser 100% autoral, se vou colocar músicas de outros compositores – diz Sandy, que compôs “Respirar”, uma das novidades de “Meu canto”, com Daniel Lopes, da banda Reverse, e está gravando o clipe de “Ai de mim”, faixa do mais recente disco do grupo OutroEu (tanto Reverse quanto OutroEu participaram do “SuperStar”, reality musical da Globo em que Sandy era uma das juradas).
Ela acompanha com curiosidade os passos internacionais de Anitta, a estrela pop do momento. Durante um período de sua trajetória ao lado de Junior, a dupla tentou emplacar uma carreira fora do Brasil com o disco “Internacional” (2002), com versões em inglês e espanhol, mas a empreitada durou pouco.
– Fomos meio que levados a isso, não foi uma vontade que brotou de dentro – explica. – Então, chegou uma hora em que desistimos de encarar aquele tanto de trabalho. É humanamente impossível de tratar os dois (carreira nacional e internacional) da mesma maneira. Tem gente que fica feliz com esse tipo de vida, mas nós estávamos ficando tristes por deixar nosso público daqui meio de lado. Anitta está num caminho muito legal, um trabalho bem feito, amparada por ótimos profissionais que ela soube escolher. Como brasileira, me sinto bastante orgulhosa.
Apesar do bom momento de sua carreira solo e dos planos para continuar desenvolvendo-a, Sandy admite que é bombardeada por pedidos de fãs para um retorno da dupla com Junior. Afinal, é possível?
– É uma vontade coletiva dos fãs que vem ganhando força desde que fizemos 25 anos de carreira (em 2015). Rolou um movimento, uma nostalgia que está tomando conta do Brasil. Xuxa fazendo show, Rouge com turnê, Novos Baianos, Raça Negra… A gente não tem planos concretos, mas também não posso dizer que é impossível fazer alguma coisa pontual. Gostamos muito de trabalhar juntos, somos irmãos e não nos separamos por qualquer desavença. Mas não quero das esperanças para ninguém – despista.
Por: O Globo / Foto: NPL/Divulgação