5 de jul. de 2016

Sandy em entrevista exclusiva para a Contigo!


Sandy é capa da revista
Sandy é capa da revista
Quando Theo nasceu, em 24 de junho de 2014, Sandy, 33 anos, achou que voltaria aos palcos depois de apenas seis meses. Não conseguiu. O coração apertou e a cantora mal saía de perto do pequeno. Ao completar nove meses de licença, ela recebeu convite para integrar o time de jurados do programa SuperStar (Globo). O novo projeto foi o pontapé para retornar aos palcos e gravar o DVD Meu Canto – Ao Vivo, lançado na sexta-feira (24), dia em que Theo completou 2 aninhos e ganhou festa com o tema Meu Malvado Favorito (seu desenho predileto) em um bufê de Campinas, interior de São Paulo.

As funções de mãe e artista agora caminham juntas, sempre em harmonia e de acordo com a rotina do primogênito. Durante bate-papo exclusivo com a CONTIGO!, Sandy explica o que mudou em sua vida com a chegada de Theo, revela que teve dificuldade para amamentar e sofreu de diástase (separação entre certos músculos abdominais). A cantora ainda conta que nos três primeiros meses de vida do bebê, acordava de madrugada para ver se Theo estava respirando. Assim como ela, ele não toma leite ou come qualquer alimento que contenha lactose. “Sou fresca mesmo, não tenho vergonha de falar, cuido muito bem da alimentação dele”, diz Sandy, casada com o músico Lucas Lima, 33.

A seguir, trechos da entrevista:

Theo completou 2 anos e você acabou de lançar seu segundo DVD. Como está administrando as duas funções?
A maternidade ocupou todo e qualquer lugar da minha vida. Não sentia falta do palco, nem de trabalhar. Naquele momento, queria me dedicar a ele. Depois do SuperStar, fui fazendo a volta gradual e o “bichinho” picou de novo. Abria um espacinho e organizava shows. Foi assim que resolvi gravar o DVD e realizar uma turnê, mas de forma que não faltasse com meu filho. Trabalho mais do que gostaria, mas menos do que deveria no mundo artístico. Minha vida pessoal é mais importante do que a minha carreira. Que ninguém me entenda errado, amo a minha carreira, mas o primordial é a família.

E você acabou colocando um pouco da sua vida pessoal no projeto?
Sim, olhei muito para dentro, é o meu canto no mundo. São composições introspectivas, mais autobiográficas, intimistas e verdadeiras. O repertório envolve músicas dos meus dois primeiros discos (Manuscrito e Sim), duas canções da época da dupla Sandy & Junior e releituras de outros artistas como All Star, do Nando Reis. Faço uma homenagem a meu passado, além de parcerias com Gilberto Gil e Tiago Iorc. Gil cantou uma música de minha autoria, e com Tiago, concluímos Me Espera pelo WhatsApp (risos). Eu e Lucas começamos a compor essa canção durante uma viagem romântica pelo sul de Minas Gerais.
Sandy no Hotel Hilton, no Rio (Foto: Cadu Pilotto)
Sandy no Hotel Hilton, no Rio (Foto: Cadu Pilotto)
Vocês estão juntos há 17 anos. O casamento melhorou com a chegada do filho?
Sim e Lucas também concorda. Temos juntos o bem mais precioso, nosso filho. É parceria, cumplicidade, sintonia, por isso o casamento acaba melhorando e principalmente se você souber fazer uma manutenção. É importante ter consciência de que o filho pode tomar toda sua atenção no primeiro momento, mas que o outro ainda está ali. Existe uma entrega, não só da mãe, mas do pai também.

Então não houve crises?
A gente se ama muito e estamos atentos um ao outro. Vemos que é perigoso ficar absorvidos a uma só coisa na vida. Já sabíamos que isso poderia acontecer com o casal. O filho é importante, é só termos paciência, saber esperar, que tudo vai se encaixando novamente. Você tem de estar disposto a lutar pela manutenção do seu casamento, pelo amor, pela vida sexual, tem de estar atento… Acho que estamos conduzindo bem isso.
Sandy posa para a Contigo (Foto: Cadu Pilotto)
Sandy posa para a Contigo (Foto: Cadu Pilotto)
Pensam em ter outro filho?
Não pensamos agora nem sei se depois. Estamos bem preenchidos com o Theo, não sentimos falta de mais nada. O mundo está superpovoado. Tudo é complicado, às vezes, é quase irresponsabilidade ter filho hoje em dia. Se você pensar muito, não tem. Está bom do jeito que está.

Alguma vez sentiu-se insegura em relação à maternidade?
O início é tenso, eu não dormia direito, acordava toda hora para ver se ele estava respirando. Theo ficou três meses dormindo no bebê conforto na minha cama. É claro que maternidade gera insegurança, queremos sempre acertar, ninguém é especialista. Aprendemos na prática, não vem manual, mas não é um mistério tão grande. O que me preocupa é o Theo aprender a viver neste mundo. Educar é o maior desafio.

Teve problemas de amamentação?
Theo mamou até os 7 meses, eu passei por tudo o que as mulheres passam. Dói pra caramba, sangra e meu leite demorou uma semana para descer. Pode ter sido psicológico, conversei com médicos, enfermeiras… Depois de um mês, as dores diminuíram, eu acostumei e Theo conseguiu pegar melhor. Mas eu tinha pouco leite e precisei complementar, o que doía meu coração, fiquei arrasada.

Qual foi a solução?
Arrumei recursos para ele não largar meu peito. Eu sabia que era importante e muitas pessoas no meu lugar desistiriam de amamentar. O que salvou foi a relactação (técnica que consiste em colocar o bebê no peito para mamar com a ajuda de uma sonda nos casos em que as mães não têm leite ou produzem em pouca quantidade). Isso ajuda a mãe a produzir mais leite. Usei ainda fórmula infantil. Eu lutei muito para manter ele no peito.

Após a gravidez, sentiu alguma transformação no corpo?
Engordei apenas 7,5 quilos, mas o corpo demorou a voltar. Tive diástase muscular, algo pequeno, minha barriga não ficou horrorosa, entretanto, nunca volta igual. Eu não me importo, a causa é maravilhosa, Theo está aí cheio de amor e alegria. Estou com 41 quilos, mesmo peso de quando eu era solteira (risos). Mantenho com musculação, boxe e, claro, boa alimentação.
Sandy no Hotel Hilton (Foto: Cadu Pilotto)
Sandy no Hotel Hilton (Foto: Cadu Pilotto)
E o Theo? Como é a alimentação dele?
Fui a uma nutricionista especializada em alimentação infantil, que passou um cardápio apropriado. Faço tudo em casa, se não cozinho é a minha mãe ou a babá. Theo come carne desde os 9 meses, ele bate um pratão! O menu é equilibrado, orgânico. Ele é apaixonado por milho, manga e tapioca com queijo sem lactose. Meu filho ainda come bolacha de arroz integral, brócolis, batata-doce e ovo mexido feito com óleo de coco. Ele é natureba. Sou fresca mesmo, não tenho vergonha de falar. Cuido bem da alimentação dele.

Nada de doces?
Nenhum. Bala para ele é uva passa, Theo adora. Sobremesa geralmente são frutas e gelatina incolor, sem corante. Até os 3 anos, o bebê desenvolve o paladar para o resto da vida. Quero que ele seja livre desses vícios e possa escolher no futuro. A nutricionista do Theo é contra glúten, lactose, mas ele come pão, macarrão integral, não sou radical.

Como foi o batizado de Theo?
Fizemos quando ele tinha 1 ano e 1 mês. Foi uma cerimônia luterana (religião do Lucas) no quintal de casa. Meu irmão (Junior Lima) foi o padrinho e a minha amiga Patricia Kisser, a madrinha. Usamos roupas claras e escolhemos o mesmo pastor que batizou o Lucas quando pequeno. Ele também fez nosso casamento (tivemos duas cerimônias, uma católica e outra luterana). Foi cheio de significado.

Qual a relação do bebê com a música?
Theo ama a música Galopeira (Chitãozinho & Xororó), escuta Sandy & Junior, pede para colocar Mozart e gosta de Sepultura. Ele é eclético, canta as músicas no tom, lindo demais. Já de desenho, ele adora Meu Malvado Favorito, tema da festinha dele, e O Gato de Botas. Acompanho todas as fases dele e escrevia um diário, parte no papel e o resto no bloco de notas do celular. Agora anoto as palavrinhas, Theo é um tagarela. Pede ‘musa’ (música) e fala para ‘brincar de escondido’ (esconde-esconde).

Você e Lucas homenagearam Theo com uma tatuagem. Por que em braile?
A ideia foi do Lucas e não queríamos algo óbvio, então procuramos na internet e achamos a opção em braile. Fizemos em fevereiro, quando ele completou 1 ano e 8 meses.
A entrevista completa você confere na revista Contigo, disponível nas bancas.

Por: Renata Telles / Revista Contigo / Adapt. A Gente Dá Certo