No quadro "O que vi da vida", a cantora conta como começou a cantar, fala sobre sucesso, a carreira atual e sobre sexo. "As pessoas me tratam como personagem. Isso me incomoda demais", declarou.
São 28 anos de idade, 21 anos de carreira, mais de 17 milhões de discos vendidos, 1,7 mil shows, 1,3 mil fã-clubes e mais de 500 participações em programas de TV. Sandy Leah Lima cresceu diante das câmeras e neste domingo (18) conta o que viu da vida.
A cantora conta como começou a cantar. Seu pai, Xororó, e o tio dela, Chitãozinho, estavam se apresentando em um programa de televisão e o apresentador perguntou se eles não tinham nenhum parente que cantava. Foi quando Chitãozinho falou que os sobrinhos sabiam cantar. Foi assim, 1989, que Sandy entrou para o mundo da música.
Ela também revela como foi se tornar cantora tão nova. Aos 7 anos, ela gravou o primeiro disco. E aos 8, já estava fazendo turnê pelo Brasil. “Eu tive sorte de estar bem estruturada, de conseguir lidar com tudo isso e sair uma pessoa normal. Pode dar uma coisa errada. Tem gente que começa criança e não vai por um caminho tão bacana, porque ser famosa criança não é muito fácil. Pode mexer muito com a cabeça de uma pessoa e do adolescente”, declara.
“A vida muda o tempo inteiro. Então, acho que a gente não pode nem se iludir demais, ficar confortável demais com as nossas vitórias e nem ficar triste demais, arrasado demais com as nossas derrotas, porque tudo isso muda, tudo isso passa. E ter essa certeza de que vai passar é confortante”, declara a cantora.
Sandy falou ainda sobre a separação da dupla que mantinha com o irmão Júnior e sobre o momento atual da carreira: “É engraçado, a gente fez um caminho inverso. A gente começou muito famoso e grande para depois se tornar um pouco menor. Eu fiz show para 1,2 milhão, eu vendi 3 milhões de cópias nos tempos áureos das vendagens de disco. Eu comecei grande e hoje em dia eu escolhi fazer show para 2 mil pessoas, eu escolhi fazer um tipo de música que vende no máximo 100 mil cópias”.
No quadro “O que vi da vida”, ela falou ainda sobre a fama. “Se eu pudesse viver de música, ganhar meu dinheiro, fazer meu trabalho, sem ser famosa, eu acho que eu escolheria isso, porque ser famosa dá trabalho. Eu acho que o lado ruim do sucesso, do êxito, de fazer um trabalho que deu certo, é a fama. A fama atrapalha bastante a viver”, comentou a cantora. “Uma coisa que acontece muito também é que muitas pessoas acabam me tratando, e não só a mim, mas outros artistas também, como personagens. Isso me incomoda demais”.
A cantora comentou sobre ter sua imagem atrelada à virgindade: “Eu acho estranho as pessoas ainda falarem em virgindade sabendo que eu tenho 28 anos e que eu sou casada. Parece que estão querendo fixar essa imagem para sempre. Por que não deixar o tempo passar? Por que não deixar ter a percepção das coisas, como elas são, como elas mudam?”.
“Eu não tenho problema de falar sobre sexo. Eu sou um ser humano normal. Todo mundo fala de sexo, e eu não posso. Eu nem de uma maneira pessoal. Eu emito uma opinião sobre sexo, e as pessoas ficam chocadas. Existe um falso moralismo uma certa hipocrisia, no país do carnaval, da bunda. Eu quero ser eu. A vida é muito curta para você ficar brincando de personagem, fazendo o que você não quer fazer, sendo quem você não é, só para as pessoas pararem de falar certas coisas sobre você. Deixa falar. Eu sou eu, e pronto, acabou”, disse a cantora.
Fonte: G1