10 de nov. de 2011

[Guia da Semana] SANDY FALA SOBRE O NOVO DVD

CONFIRA AS PERGUNTAS RESPONDIDAS PELA CANTORA EM COLETIVA DE IMPRENSA

 Por Carine Medeiros
Dona de uma carreira de sucesso e mais de 17 milhões de discos vendidos, Sandy se prepara para mais um passo importante. No dia 24 de novembro, chega às lojas seu primeiro DVD solo, intitulado Manuscrito Ao Vivo.
Com direção geral de Junior Lima e Douglas Aguillar e direção musical de Lucas Lima, o projeto foi gravado em São Paulo, no Teatro Bradesco, e conta a participação especial de Lenine, dividindo a faixa “Sem Jeito”, de Seu Jorge, em “Tão Comum” e da inglesa Nerina Pallot, que entoa a canção “Dias Iguais”.
Antes do lançamento oficial, a cantora realiza uma prévia do que o público pode conferir em seu DVD, no Citibank Hall, no dia 17 de novembro. Sandy ainda se prepara para um projeto inusitado. No dia 21 deste mês, ela sobe ao palco da Via Funchal para homenagear Michael Jackson, interpretando as canções mais conhecidas do astro pop.
Em coletiva de imprensa, a cantora abriu o jogo e falou sobre a expectativa para o lançamento, projetos futuros, preconceito e relação com os fãs. Confira!
Você incluiu no show as músicas “Quando Você Passa” e “Estranho Jeito de Amar”, que são da época da dupla Sandy & Junior. Por que vocês escolheu essas músicas? Deu vontade de voltar a cantar com seu irmão?

Sandy: Eu escolhi essas músicas porque acho que elas têm uma sonoridade mais próxima e parecida com o que eu faço hoje. Eu senti que dava para adaptar o arranjo e transformar em uma coisa bem coerente com meu repertório. Claro que eu também sinto saudades da dupla. Foi a maior parte da minha vida e eu fui muito feliz na carreira com o meu irmão. É uma saudade boa, não de arrependimento.




O Junior também fez a direção geral do DVD e o Lucas a direção musical. Por que a escolha dos dois?
Sandy: Eu já conhecia um pouco do talento do meu irmão como diretor. Eu sabia que ele seria capaz e ele achou um desafio legal. Ele chamou também o Douglas Aguillar, que é um amigo nosso, e juntos eles me ajudaram a conceber esse show. Quando eu tive a ideia de registrar em DVD, não poderia chamar outros diretores. Com o Lucas foi a mesma coisa. Ele produziu o CD junto comigo, e na hora de gravar, eu quis dar continuidade a esse trabalho.

O DVD conta com a participação da cantora inglesa Nerina Pallot. Como foi realizar essa parceria?
Sandy: Eu conheci o trabalho dela há três anos e me tornei fã. Quando fiz a música “Dias Iguais” achei que um arranjo de piano ficaria legal e lembrei da Nerina porque ela é uma excelente pianista. Nunca imaginei que ela fosse aceitar o convite. Eu e o Lucas fomos para Londres e mostrei para ela o que eu já tinha de demo. Ela se identificou com a música e ainda se ofereceu para fazer a letra em inglês. Agora, na gravação do DVD, é claro que eu tinha que chamá-la para tocar e cantar comigo.

Você faz alguns covers no DVD, como "Hoje eu Quero Sair Só", do Lenine, e "Casa", do Lulu Santos. Como foi a escolha dessas músicas?
Sandy: Escolhi essas músicas porque eu gosto de cantar e ouvir. São músicas que me dizem alguma coisa e artistas que eu admiro. Achei que ficariam legais no meu repertorio.

Qual a sua expectativa para as vendas desse DVD?
Sandy: Hoje em dia nenhum CD e DVD vende números tão expressivos. Acho que mais importante do que a venda é o que eu sinto. Não faço disco e música para vender, então isso pra mim não é o mais importante. Eu gostaria que o maior número possível de pessoas pudesse conferir o meu trabalho e ver o meu show. Quero fazer música para quem quiser me ouvir. Eu estou aqui para me divertir.

Junto com o Junior, você gravou uma participação no DVD do seu pai em comemoração aos 40 anos da dupla Chitãozinho & Xororó. Você sente vontade de gravar alguma música deles?
Sandy: Eu adoro a dupla, mas é um estilo bem distante do meu. Fica bem difícil achar músicas que eu possa adaptar para o meu repertório. No DVD deles, eu cantei com o meu irmão a música “Se Deus Me Ouvisse”. A gente fez uma adaptação com a banda e ficou bem mais próxima do meu estilo, mas sem descaracterizar a música. Meu pai e meu tio gostaram bastante, mas por enquanto não penso em gravar nada. Prefiro apreciar o trabalho deles só ouvindo.

Você vai participar de um projeto cantando covers do Michael Jackson. Como surgiu essa ideia? Você pode adiantar algumas músicas do repertório?
Sandy: Quando fui convidada para esse projeto, podia escolher quem iria interpretar. Sou muito fã de Michael Jackson e achei que seria bem legal, pois é diferente de tudo que eu já fiz ate hoje. É um atrevimento da minha parte. Estou fazendo uma humilde releitura. Não quero de forma alguma fazer qualquer coisa que possa ser comparada ao que ele já fez. É só uma releitura de uma fã mesmo, que está ali para se divertir e também entreter o público. Eu vou cantar os maiores sucessos. Posso adiantar que entre eles estão “Bad”, “Smooth Criminal” e “Ben”.

Recentemente você cantou com Andrea Bocelli em Belo Horizonte. Como foi repetir a parceria?
Sandy: Foi uma emoção incrível. Um convite que eu não esperava depois de tanto tempo. Dividir o palco com ele foi um presente, uma honra. Me senti lisonjeada. Ele é uma pessoa incrível.

Ainda tem algum sonho pessoal e profissional que você quer realizar?
Sandy: Eu costumo dizer que vou sonhando e realizando. Esse ano o meu sonho era o DVD, e eu realizei. Também apareceram outros projetos que eu não sonhei, mas realizei, como cantar de novo com o Bocelli. Eu vou deixando as coisas acontecerem. Na vida pessoal também, estou bem feliz e realizada. O que ainda falta é a maternidade, mas quero primeiro realizar outros projetos e curtir mais um pouquinho a vida de casada.

Você gravou uma participação na série As Brasileiras, que vai ao ar no próximo ano, na Rede Globo. Como foi voltar a atuar?
Sandy: Eu recebi o convite do Daniel Filho, que é diretor geral da série. Fiquei muito feliz e aceitei na hora. Me senti honrada de ter sido lembrada por ele como atriz. Eu tinha saudades de atuar. A história é bacana e tem uma pegada de humor. Espero atuar de novo, mas só com projetos pequenos, que eu possa conciliar com a carreira musical.

Ainda existe algum preconceito com a sua música?
Sandy: Antes de ouvir o trabalho algumas pessoas já saem criticando, e quando ouvem, acabam se surpreendendo. Preconceito existe em todo lugar. Não sei se é porque eu comecei criança, ou porque sou filha de cantor sertanejo. Algumas pessoas criaram esse preconceito que me acompanhou ao longo da minha carreira, mas hoje eu estou conseguindo quebrar um pouco. Isso mudou principalmente depois que eu casei. Acho que estão começando a perceber que eu cresci. Eu tenho 28 anos e 21 de carreira. Não estou aqui brincando e não sou uma filhinha de papai que quer cantar.

Como é a sua relação com os fãs? São os mesmos da época de Sandy & Junior?
Sandy: Eu tenho um público que continua me acompanhando, mas também percebo que alguns fãs pararam porque não gostaram muito do trabalho novo. Acho que estavam esperando uma coisa mais próxima de Sandy & Junior. A parte dos meus fãs que se identificou, ficou. Eu percebo que foi a maior parte, mas tem sempre uma galera nova que não curtia meu trabalho e agora gosta desse estilo atual. Eu vejo pelo Twitter varias pessoas falando ‘fui ouvir o cd da Sandy, e não é que eu gostei?’.