"Para mim, é a música mais cheia de significado, complexa e densa que eu já fiz", revela. "Ela traz algo de poder olhar para a vida com um olhar mais atento, de conseguir enxergar no meio do caos, mas também passa uma mensagem positiva de esperança".
"Levei tudo muito a sério (com relação ao isolamento), para eu poder estar com as pessoas da minha família, a gente fez um pacto de que ia se preservar muito para estarmos todos com segurança", lembra. "O fato de poder estar com essas pessoas que eu amo me ajudou muito porque ficar longe do palco é difícil", continua a cantora, que faz shows com plateia desde os oito anos de idade.
Tudo isso é muito bem traduzido no clipe cheio de simbologias. Enquanto o cenário exterior parece firme, rígido, duro, nos encontramos com uma Sandy esbanjando sensibilidade e poesia, com movimentos leves. "Tudo mostra esse misto de sentimentos que vivemos nesse período. Como os sentimentos contraditórios de uma satisfação de, por exemplo, poder ter um contato maior com a família e ao, mesmo tempo, um desespero de não ter contato com o mundo, ou ainda, de não ter boas perspectivas", diz.
Com o arrefecimento da pandemia, ela já começa a se planejar para um futuro mais tranquilo. "Universo Reduzido vem para selar pouco isso e acho que vou me sentir pronta para falar de outras coisas", diz. Um novo álbum deve começar a ser produzido já no primeiro semestre do ano que vem para ser lançado em 2022. Já os shows só devem acontecer a partir do segundo semestre. "Respeitando todos os protocolos e um pouco mais", brinca.
"Essa música é meio que um desabafo e algumas pessoas para quem mostrei me agradeceram por poderem dar esse grito junto, o que mais posso querer?" "É bom poder dar meu grito e ver que isso reverbera", finaliza.
Créditos: Correio do Povo/RS