Sandy optou por antecipar seus shows, antes programados somente para ano que vem: “Estou com muita saudade da adrenalina de subir ao palco, cantar ao vivo, trocar olhares, energia e muitos sorrisos com meus fãs. Minha volta ao batente com o SuperStar me instigou a retornar antes do que eu havia me programado. Estou preparando cada show de forma única e especial até chegar à gravação do DVD. Meus fãs merecem este carinho. Não dava pra ‘guardar’ tudo só pro ano que vem!”, entusiasma-se Sandy que, como de costume, lidera todo processo artístico de sua carreira.
Marcado para as 22h, já passavam das 22h15 quando as luzes da casa de espetáculo se apagaram e a banda iniciou os primeiros acordes. As cortinas abriram, e revelaram o cenário (que continua intimista, seguindo o estilo da cantora em sua carreira solo). Com um longo vestido dourado, o mesmo usado nos primeiros shows em São Paulo, Sandy subiu ao palco ao som de “Sim”, para delírio do público, estimado em 2 mil pessoas, de acordo com a casa de espetáculo. Aliás, a procura pelos ingressos foi tão grande, que a busca por um remanescente na internet durou até minutos antes do espetáculo.
Visivelmente emocionada, Sandy agradeceu o carinho dos fãs e se mostrou
mais à vontade. Uma Sandy que não se via há algum tempo. Apesar da voz
um pouco rouca, a cantora interagiu com o público em todos os momentos, e
atendeu a pedidos. Dessa vez, os fãs conseguiram com que a cantora
cantasse não só duas, mas quatro canções da época de Sandy & Júnior:
“Inesquecível”, “Turu, turu”, “Libertar” e “Não dá pra não pensar”, as
duas primeiras à capela. Aliás, “Libertar”, sucesso do álbum
“Identidade”, foi uma das novidades no show carioca. O público
enlouqueceu e acompanhou em uníssono.
Outra novidade foi no cenário. A
cantora fez questão de frisar que ali estava uma parte do que será
montado para a gravação do DVD. Em relação ao show de São Paulo, a
apresentação do Rio trouxe uma novidade no palco, um elemento que
lembrava uma fechadura. O que deixou o público ainda mais curioso para
saber como será no palco do Municipal de Niterói.
Sandy escolheu pessoalmente o amigo e talentoso Raoni Carneiro para
dirigir o novo projeto. Ainda em produção e passando pelo minucioso
pente fino da artista, toda concepção cenográfica terá a assinatura do
experiente e renomado Zé Carratu e seguirá dentro do perfil intimista e
minimalista já característicos de Sandy em sua fase solo, cujo objetivo
central é trazer sempre em primeiro plano a música, o ‘ao vivo’, a
performance e o show em si.
Repertório
Após abrir o show com “Sim”, Sandy seguiu o mesmo repertório de São
Paulo, com “Ela/Ele”, “Perdida e Salva”, “Escolho Você” e “Só Hoje”.
“Sina” e “Saideira” seguiram no bloco das releituras. Os fãs aprovaram a
escolha da cantora. Depois vieram “Pés cansados”, “Refúgio”, “Segredo” e
a inédita, “Asas’. Aliás, este foi um dos pontos altos do show. Nesse
momento, milhares de luzes de celular foram acesas na plateia, formando
um mar de estrelas, que deixou a cantora emocionada. Com os olhos
marejados, ela parecia não acreditar nos que estava vendo.
Como de praxi, em “Sem jeito”, os fãs, que a essa altura não aguentavam
mais ficar sentados nas mesas, correram para frente do palco, dando
trabalho aos seguranças da casa, que nada podiam fazer. Afinal, se
tratava de um show da Sandy, e essa tradição existe desde a época da
carreira dela com o irmão. Para encerrar a noite, a cantora escolheu a
animada “Ponto Final”. Tiro certeiro. Música empolgante e com letra
capaz de tirar qualquer um do show.