Lançando "Manuscrito", primeiro DVD sem o irmão Junior, Sandy é estreante no mundo das cantoras solo. Mas é veteraníssima nas contradições do showbiz e sabe lidar com elas como poucas.
Sandy foi convidada a participar de um projeto dirigido por Monique Gardenberg (o show chega a São Paulo no dia 21, no Via Funchal) e cantar seu compositor favorito. Escolheu ele, o rei do pop.
Segundo diz, vai fazer "versões modestas" do repertório dele. Mas sabe que, faça o que fizer, a paulada vem.
Ela diz que acompanha a carnificina no Twitter. "É impossível ficar insensível. Conversei muito sobre isso na análise. Concluí que, para o mundo não ficar pesado demais, preciso trabalhar para quem quer me ver, não para quem não gosta [dela]."
Aprendeu também que qualquer informação a respeito de sua vida importa mais do que a música que faz.
"Manuscrito", o álbum de estúdio que deu origem a este DVD, vendeu, segundo sua gravadora, 60 mil cópias.
É disco de ouro. Mas não fez barulho que se comparasse à repercussão de uma frase sua publicada na "Playboy", em agosto: "Acho que é possível ter prazer anal".
Sofreu um bocado com a polêmica, mas já conhecia o antídoto. "É ficar resignada e esperar que passa."
Passou. O episódio, ela diz, valeu para que o Brasil percebesse que ela cresceu.
"Foi uma consequência bem-vinda. Tenho 28 anos, e só com essa história as pessoas se deram conta disso."
Sandy é estreante, mas não faz parte da chamada "nova geração" da música nacional.
Conversando sobre sua música, nota que não tem as mesmas referências que as colegas de primeiro disco solo. Nem as mesmas ansiedades artísticas.
"Já passei por tudo isso. Agora, quero dar vazão ao que está na minha cabeça, ao que já sou, e não ficar procurando novos caminhos."
Já se sabe o que esperar de Sandy, a veterana novata.
Agora, é só reclamar.
Fonte: Folha.com