A "Playboy" chegou às bancas com Adriane Galisteu na capa. Mas foi divulgada bem antes, com a chamada: "É possível ter prazer anal". A frase, óbvia para muitos, foi pinçada de entrevista com Sandy. Bastou para toda a nudez de Galisteu ser ofuscada.
Foi o assunto da
semana. Tanto espanto é porque Sandy, 28, cresceu no palco fazendo dupla
com o irmão e imagem de menina-família. "Esse auê todo é porque ela tem
cara de anjo. Muita gente ainda divide as mulheres entre santas e
prostitutas e, inconscientemente, acha que mulher para casar não gosta
de sexo", interpreta a psicanalista Regina Navarro Lins.
Além do "fator Sandy", a modalidade citada na frase é sempre garantia de risinhos, desconforto. "Foi uma declaração honesta sobre uma forma de prazer, e as pessoas reagem como se ela tivesse falado algo pornográfico. Julgam-se evoluídas, mas continuam angustiadas com isso", diz o psiquiatra Joel Rennó Jr., que coordena o Pró-Mulher do Hospital das Clínicas.
A revolução sexual não foi suficiente para fazer o sexo anal sair do armário com naturalidade, constata Navarro Lins. "Nossa civilização já condenou práticas sexuais que não levam à procriação."
A própria cantora tuitou: "Não foi bem aquela a minha resposta". O marido, o músico Lucas Lima, disse que Sandy "nunca falaria aquilo".
Nem há tanta contradição entre variação anal e "boas moças": Navarro Lins lembra que virgens, décadas atrás, a praticavam com seus noivos, uma maneira de manter o hímen intacto até o casamento.
Mesmo que tenha sido sem querer, Sandy acabou prestando serviço de utilidade às mulheres, na visão da psicanalista. Mas ela explica: para que a mulher tenha prazer anal, precisa estar muito bem excitada. "E o homem tem que ter muito jeito para fazer, senão dói mesmo."
Algumas, hoje, fazem sexo anal sem vontade, só por medo de serem trocadas por outra que faça, diz Navarro Lins.
"Casais mais maduros negociam essa questão de forma mais satisfatória para ambos", diz Rennó. Maturidade que passa longe do auê na internet. "Coitadinha da Sandy, ficou na fogueira. Parabéns a ela, pela coragem de enfrentar os moralistas", diz Navarro Lins.
Além do "fator Sandy", a modalidade citada na frase é sempre garantia de risinhos, desconforto. "Foi uma declaração honesta sobre uma forma de prazer, e as pessoas reagem como se ela tivesse falado algo pornográfico. Julgam-se evoluídas, mas continuam angustiadas com isso", diz o psiquiatra Joel Rennó Jr., que coordena o Pró-Mulher do Hospital das Clínicas.
A revolução sexual não foi suficiente para fazer o sexo anal sair do armário com naturalidade, constata Navarro Lins. "Nossa civilização já condenou práticas sexuais que não levam à procriação."
A própria cantora tuitou: "Não foi bem aquela a minha resposta". O marido, o músico Lucas Lima, disse que Sandy "nunca falaria aquilo".
Nem há tanta contradição entre variação anal e "boas moças": Navarro Lins lembra que virgens, décadas atrás, a praticavam com seus noivos, uma maneira de manter o hímen intacto até o casamento.
Mesmo que tenha sido sem querer, Sandy acabou prestando serviço de utilidade às mulheres, na visão da psicanalista. Mas ela explica: para que a mulher tenha prazer anal, precisa estar muito bem excitada. "E o homem tem que ter muito jeito para fazer, senão dói mesmo."
Algumas, hoje, fazem sexo anal sem vontade, só por medo de serem trocadas por outra que faça, diz Navarro Lins.
"Casais mais maduros negociam essa questão de forma mais satisfatória para ambos", diz Rennó. Maturidade que passa longe do auê na internet. "Coitadinha da Sandy, ficou na fogueira. Parabéns a ela, pela coragem de enfrentar os moralistas", diz Navarro Lins.
Fonte: F5