Sandy Leah Lima, 27, vive momento contraditório. Lançando (por ora, apenas digitalmente) o álbum "Manuscrito'', primeiro trabalho solo, ela é de novo uma estreante. E, como tal, está ansiosa diante do futuro imponderável.
Ao mesmo tempo, não pode mente vitorioso da dupla com o irmão Junior Lima.
Nos 17 anos em que atuaram juntos, Sandy & Junior lançaram 16 álbuns -que venderam, segundo a gravadora Universal, mais de 17 milhões de cópias. Fizeram cerca de 1.700 shows no Brasil e exterior, chegando a juntar 1,2 milhão de pessoas em única apresentação. Sandy também protagonizou seriado, novela e filme.
Ainda que a gravadora aposte pesado no lançamento, a equipe de produção da cantora está reduzida desde o fim da dupla, em 2007. Restaram só dois dos dez funcionários que faziam mover o escritório.
Dimensão.
"Antes de tudo, vou descobrir qual é o meu tamanho real, ver como as coisas vão acontecer'', ela diz. "Mas não quero ser a Beyoncé do Brasil.''
A cantora não está disposta a retomar as dimensões da era Sandy & Junior, segundo afirma. E "Manuscrito'' representa a vontade de "fazer um negócio pra mim'', sem pensar na gravadora, em números, nem no público do passado.
Divã.
"Manuscrito'', ela diz, é parte importante no processo de autoconhecimento. Como foram fundamentais os três anos sem fazer nada.
Todas as canções do álbum são autorais, compostas sozinha ou em parcerias, principalmente com o marido, Lucas Lima. Além do casamento, Sandy também usou os três anos de folga para terminar a faculdade de Letras e arrumar a "vida pessoal'' , que costuma preservar demais.
No documentário que virá encartado no lançamento físico do álbum (nas lojas em 7 de maio), Sandy dá depoimento que abala a imagem "virginal'' que se costuma fazer dela.
MANUSCRITO
Artista: Sandy . Lançamento: Universal Music . Quanto: 1,99 cada faixa, no UOL; o CD físico chega às lojas no próximo 7 de maio
Fonte: O Vale